O Vaticano censurou o Parejas y sexualidad en la comunidad de Corinto publicado em 2010 pela editora católica argentina San Pablo. Escrito pelo pastor metodista Pablo Manuel Ferrer, o livro fazia parte de uma coleção ecumênica sobre temas bíblicos.
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A Igreja espanhola não deixa as suas tradições de intolerância por mãos alheias.
Liderada hoje pelo cardeal Rouco Varela, herdeiro de outro cardeal arcebispo de Madrid, Goma y Toma, que dizia em 1936, ano do nascimento de Rouco: “Não pode haver pacificação senão pelas armas, há que extirpar a podridão da legislação laica”, ou do bispo de Cartagena, Diaz Gomara, que clamou do púlpito “Benditos sejam os canhões!”, saudando entusiasticamente a rebelião fascista de Franco contra o Governo legítimo de Espanha, a hierarquia católica espanhola continua a pregar o ódio em nome do seu “Deus que é amor”.
Agora que Mariano Rajoy, próximo da Igreja, anunciou a intenção de “extirpar a podridão da legislação laica” do aborto aprovada pelo executivo de Zapatero, chegou-me às mãos uma homilia de Natal de outro arcebispo espanhol, desta vez o de Granada, Javier Jimenez, defendendo que uma mulher que aborta “dá ao homem a licença absoluta, sem limites, de abusar do corpo dessa mulher, porque ela é que suporta a tragédia, e suporta-a como se fosse um direito” (a homilia pode ser lida no sítio da Diocese de Granada).
Para o arcebispo, os crimes de Hitler e Estaline (esqueceu-se dos de Franco) “são menos repugnantes que o do aborto”. É em alturas assim que até um não crente gostaria que existisse um Deus que julgasse esta gente.
Comentário – Este artigo, também publicado aqui, não podia ser ignorado pelo Diário Ateísta. Pela qualidade, rigor e coragem.
Os senadores uruguaios aprovaram, nesta terça-feira, o projeto de lei sobre a legalização do aborto.
O texto, apresentado pela coligação de esquerda Frente Ampla, atribui à mãe a possibilidade de optar pelo aborto até a 12ª semana de gestação, como sua escolha exclusiva, enquanto para casos especiais como estupros ou doenças graves, não há limite de tempo gestacional.
João César das Neves (JCN), entendido em coisas da fé e conhecedor do Paraíso ensina na habitual homilia do DN, «O burro do Presépio», que no céu também há cavalariças, deixando perplexos os ateus que não acreditam na existência do Céu e que o julgavam uma invenção exclusiva para almas pias. Um ateu não acreditaria que JCN tivesse lá reservada a uma estrebaria, se não fosse ele próprio a confessá-lo no DN.
Afinal o Céu é um conglomerado de condomínios. Segundo JCN, nos palácios do Céu moram os grandes apóstolos, os mártires heróicos, pastores atentos, doutores sublimes, virgens puras, santos incomparáveis. Para ele está reservada uma cocheira o que, para si, é um privilégio porque – segundo afirma – lá até as cocheiras são maravilhosas.
Algumas expressões pias, como «virgens puras», parecem redundantes aos ímpios, mas o que mais admira é que o Paraíso, com tantas estrebarias, seja uma reserva de solípedes porque, segundo o exegeta das coisas celestes, no Céu os currais são Presépio.
JCN adverte os leitores de que no Céu não entra qualquer asno, entram apenas aqueles que carregam aquilo que tiver de ser, sem discutir, sem escolher, sem resmungar, sem pedir descanso, contentando-se com a ração, enfim, asnos subservientes e acéfalos.
No fundo parece que as cocheiras são exclusivas dos crentes que imitem o burro do Presépio e transportem uma mulher grávida que tenha dentro de si o Salvador. Apesar de não faltarem burros na Terra, é de crer que escasseiem virgens grávidas que possam ser transportadas por asnos ansiosos de uma estrebaria no Paraíso.
O Céu pode ter lugares para muitos burros mas é de crer que, com excepção da reserva para JCN, as estrebarias continuarão vazias e deus terá de contentar-se com os grandes apóstolos, os mártires heróicos, pastores atentos, doutores sublimes, virgens puras, e santos incomparáveis. Talvez por isso, à falta de solípedes, o Papa se atarefe na criação de santos e beatos para fazerem companhia ao patrão.
E, quanto a JCN, arrisca-se a não ter com quem relinchar nem com quem trocar amáveis coices na eternidade que a religião dele reserva à fauna da sua santa Igreja.

«(…) o Natal tornou-se um festejo comercial, cujas luzes brilhantes escondem o mistério da humildade de Deus, que por sua vez nos pede humildade e simplicidade (…) luzes brilhantes escondem o mistério da humildade de Deus (…) vamos desfazer-nos da nossa fixação no que é material».
Irmã Célia Cadorin, 84 anos, é uma espécie de detective da fé que conta com o apoio do cepticismo da ciência para encontrar milagres. Seu trabalho, minucioso e de mais de cinco décadas, é reunir documentos, relatos e pacientes que comprovam curas milagrosas creditadas à santidade de brasileiros.
As pesquisas da religiosa já sustentaram, por exemplo, a decisão do Vaticano em canonizar Frei Galvão e Madre Paulina.
A Conferência Episcopal da Holanda manifestou hoje “dor e vergonha” diante dos resultados de uma investigação que fala em milhares de crianças vítimas de abusos sexuais em instituições católicas, no país, entre 1945 e 2010.
Num comunicado citado pela Rádio Vaticano, os bispos holandeses e os representantes das congregações religiosas reconhecem a culpa dos autores destes atos, mas também das autoridades eclesiais que não agiram no “interesse prioritário” das vítimas, às quais apresentam um pedido de desculpas, que estendem às famílias.
Creio que foi do El País que traduzi estas doridas palavras:
« O que não se pode tolerar mais é que numa democracia como a espanhola se perpetue a homenagem monumental a um genocida (mais de 114.000 execuções premeditadas e ordenadas ao mais alto nível, a maior parte depois da vitória, prisões e depurações maciças impostas retroactivamente aos republicanos, sequestros de crianças, etc.), quem mais sequestrou à força a vontade dos espanhóis durante mais de três décadas».
Nota: A Igreja católica foi cúmplice dos crimes deste pio facínora – Francisco Franco.
Os salesianos holandeses indemnizarão as vítimas de abusos sexuais perpetrados em um dos seus internatos, Los Jóvenes de Don Rua, situado em Heerenberg.
Trata-se de 21 varões que têm agora entre 45 e 75 anos e foram vexados entre 1950 e 1970.
É a primeira vez que uma ordem religiosa católica nacional, aceita compensar os que sofreram estas agressões.
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