A organização de defesa dos Direitos Humanos Amnistia Internacional declarou nesta quarta-feira que não recebe ajuda económica do Vaticano, depois do anúncio de que a Santa Sé lhe retiraria a ajuda por causa do apoio ao aborto.
Nota: Nem outra ajuda se espera do Vaticano.
O cristianismo não tem qualquer resquício de criatividade nas suas mitologias, é uma mente vácua de imaginação preenchida com os mitos de outros povos e civilizações. Para além da palavra plágio ganhar contornos transcendentes, uma das poucas transcendências que o cristianismo consegue, acrescenta-lhes a entediante ficção das mortes à parva, a exemplo uns milhares de mortos por adorarem um bezerro em ouro, assim se lê pelas folhas bíblicas em Êxodo 32. O carrasqueiro divino que diz mandar em tudo e em todos prefere bezerros em rituais de sacrifício e cheirinho a carne estorricada, após degolações e estripações, sangue e churrascadas idiotas, fosse eu bezerro mandava-lhe tal coice nos testículos que lhe sairiam pela boca.
Uma das mais interessantes personagens das fábulas bíblicas é a serpente flamejante, voam em chamas e picam as pessoas, uns animaizinhos muito irrequietos que gostam de dar nas vistas, mais ainda de umas trincas nas nádegas dos infiéis marotos que usam o dedo do meio esticado, os outros recolhidos, para cumprimentar o senhor, o deus, o que tem a mania dos genocídios aos sábados e palhaçadas estúpidas que nem gargalhadas arrancam.
O estúpido livro chamado Bíblia entedia demasiado, receita como ansiolítico era de caixão à cova, umas leituras e os bocejos não param. “Então o senhor mandou entre o povo serpentes ardentes, que picaram o povo; e morreu muita gente em Israel.” se lê em Números 21:6. A parte de morrer gente é normal, tédio e mais tédio, vira o disco e toca o mesmo, por aí até ler a lista telefónica seria mais apetecível, mas aquelas serpentes… Parecia que no meio do lixo se extraia alguma coisa minimamente engraçada, criativa, pelo menos as pessoas não são mortas à pedrada ou queimadas, levam picadelas de serpentes flamejantes. Precisa de ser mais trabalhado este conceito, mas não seria um mau começo.
As serpentes flamejantes existem obviamente, a Bíblia não falha, mas existem muito antes da Bíblia, ou seja, mais um plágio. Pobres escritores que para além do tédio dos seus escritos, acrescentam coisas inovadoras… que já existiam há milhares de anos. Com livros assim é fácil estupidificar as pessoas, levá-las à ridicularidade do pensamento inexistente, da criatividade que transborda de ar e vento, contacto demasiado com a mitologia cristã e o seu livro estúpido as leva ao vácuo.
Serpentes flamejantes foram criadas pelos Egípcios, segundo a sua mitologia pela deusa Ísis, que as usou para conquistar o trono do Egipto, governado a partir dai pelo seu marido, também um deus, Osíris. As serpentes denominavam-se Uraeus, e falámos de coisas de há 5000 anos atrás, antes das catástrofes intelectuais, e não somente, cristãs. Comparando mitologias, é fácil perceber que o Antigo Egipto leva um 20 na escala de 0 a 20, e o cristianismo leva um 0, por copiar, e acima de tudo por copiar mal.
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A pobreza está na origem da violência e crueldade que grassam pelo mundo. Não é a única desgraça mas é uma das mais terríveis e de efeitos mais devastadores.
A exploração de crianças é um reflexo dessa pobreza que começa na carência de água potável, alimentos e escolaridade e termina na exploração da mão-de-obra, na venda e escravatura de crianças. Não lhes faltam templos mas mingua a comida e as escolas.
Os países ricos devem alguma da sua prosperidade aos despojos desta tragédia, à manutenção de uma infâmia paga com sangue de crianças que não têm lágrimas.
A abastança em que vivemos, excluídas as bolsas de pobreza interna – reflexo local da injustiça mais vasta a nível planetário -, permite-nos viver muito e bem no mundo onde se morre depressa e mal, para maior glória divina.
A globalização abriu mercados a sociedades fechadas, mergulhadas em imensa pobreza e na opressão de déspota violentos. O acesso à sobrevivência de milhões de pessoas põe em risco alguns privilégios das sociedades ricas enquanto as empresas aumentam lucros e os trabalhadores vêem perigar o bem-estar e os postos de trabalho.
Quero ser optimista quanto ao futuro e pensar que o altruísmo seja globalizado porque, se não aceito as grandes desigualdades entre cidadãos de um mesmo país, também não devo tolerar as tremendas diferenças que separam os países ricos dos países pobres.
Enquanto nós queremos trabalhar cada vez menos e ganhar cada vez mais, há quem se contente em não morrer. Não é justo o mundo em que 218 milhões de crianças entre os 5 e os 17 anos trabalham e em que 126 milhões destas crianças têm trabalhos perigosos.
Enquanto não houver justiça à escala mundial a ameaça paira sobre a paz e o bem-estar. E não é com a fé em Deus que as injustiças são corrigidas. Pelo contrário, a exploração e a resignação aumentam com o logro de Deus.
No recalcamento celibatário chama «profanação» à exaltação do corpo e à sexualidade. Esquece que a ICAR exumou cadáveres para os queimar, tal era a vocação pirómana e a demência do ódio às heresias.
Para o Papa actual o «nu» é a encarnação do Diabo e o cio a arma de que este se serve para estorvar os negócios divinos. O conúbio de B16 com a Fraternidade Sacerdotal S. Pio X transformou o antro reaccionário – o Vaticano – na central de intoxicação mística ao serviço do anacronismo da fé e da liturgia tridentina a que sacode o pó e o bolor.
B16 zurze os órgãos de comunicação social porque «ridicularizam a santidade do casamento e a virgindade antes do matrimónio», mas não são os jornais e a televisão que são contra a virgindade, são as hormonas e o sortilégio do amor.
Quanto ao casamento, se é assim tão santo, por que motivo o proíbe aos padres e às freiras e ele próprio renunciou a tal santidade?
A necessidade de reprodução e a legítima aspiração ao prazer levam os crentes a trocar os rituais da religião pela liturgia dos afectos e a procurar o Céu no êxtase do amor.
O Papa é um primata com tiara em rota de colisão com a modernidade, um dinossauro que pretende extinguir a humanidade através da abstinência sexual. A castidade é a bomba atómica que o velho ditador sonhou para extinguir a vida.
Morreu um dos mais repugnantes teocratas americanos, Jerry Falwell, peça gigante do imperialismo de Bush. Fundou uma seita fanática denominada Thomas Rode, fundou a pseudo-universidade Liberty, de onde são extraidos vários funcionários para a Casa Branca, e por fim fundou a Moral Majority, associação de ligação entre Estado e religião. Entre muitas das suas neuroses, culpava o movimento feminista, os homossexuais, os “abortistas” e os não-cristãos pelo 11 de Setembro. Das muitas barbaridades proferidas por este terrorista cristão, aqui ficam breves citações.
“Um estudante perguntou-me se o salvador poderia salvar Bin Laden. Claro que sim, sabemos que o sangue de Cristo o pode salvar, e depois deve ser executado.”
“Espero viver o suficiente para dentro de alguns anos ver que não existem escolas públicas nos E.U.A.. As Igrejas vão conquistá-las e os cristãos vão geri-las. Que lindo dia será!”
“A S.I.D.A. não é o castigo de deus para os homossexuais, é o castigo para a sociedade que tolera homossexuais.”
“A ideia de que a religião e a política devem estar separadas é uma invenção do diabo para que os cristãos não possam governar o seu próprio país.”
“Se queremos salvar os E.U.A. e evangelizar o mundo não podemos acomodar filosofias secularistas que são completamente opostas à verdade cristã.”
“Não existe separação entre Igreja e Estado.”
“A Bíblia é a palavra de deus, e é completamente infalível, não contém qualquer erro em qualquer assunto, seja fé e a sua prática, assim como na Geografia, História, Ciência, etc.”
“Nós lutamos contra o Humanismo, contra o Liberalismo, lutámos contra todos esses sistemas de Satanás que destroem a nossa nação, a nossa batalha é contra o próprio Satanás.”
Embora possa parecer que o terrorismo evangélico americano sofreu pesada baixa, a verdade é que não existe nada a temer, os seus filhos já tomaram conta dos negócios e seguirão as pisadas do pai. Felizmente existem muitos guerrilheiros intelectuais pelas terras dominadas pelo mau cinema de Hollywood, hambúrgueres de carnes suspeitas, ditaduras informáticas (Microsoft), e muita muita religião e estupidez. Christopher Hitchens é um dos guerrilheiros, ateu, anticlerical, antifascista, anti-monarquia, anti-estupidez, ou seja… uma pessoa. No vídeo seguinte Hitchens demonstra porque é que a religião é ridícula e perigosa, expõe ao ridículo a hipocrisia do pseudo-jornalista entrevistador e denuncia em directo as tentativas contínuas de censura às suas palavras. Livre pensamento faz falta, Orwell e muitos outros merecem o nosso respeito, merecem a continuação das suas lutas pela igualdade Humana, pela liberdade, pela livre expressão, pela sempre esquecida Humanidade.
Thomas Becket, recusou assinar as constituições de Clarendon, «Constitutions of Clarendon», que cerceavam claramente os privilégios e poder da Igreja e diminuiam a influência de Roma na política inglesa. A diatribe entre Becket e o rei, que o papa Alexandre II tentou diplomatica e infrutiferamente mediar, agravou-se em 1170»
(«Os Contos de Cantuária», no De Rerum Natura)O 10 de Junho é um cadáver que se exuma anualmente para as soturnas comemorações oficiais e o desfile de gatos-pingados.
Os EUA exaltam o 4 de Julho, data da declaração da Independência, e fazem desse dia uma festa nacional. Que melhor razão para celebrar o dia do que o nascimento do país, que promulga uma constituição avançada e declara o direito à felicidade?
A França fez da tomada da Bastilha, em 14 de Julho, o símbolo da liberdade, a festa da Revolução que aboliu as velhas monarquias de direito divino e deu origem às modernas democracias governadas por cidadãos que o voto popular escrutina.
O Estado português escolheu, não a independência, não a glória das descobertas, não a liberdade, mas o óbito de um poeta, singular e grande, é certo, mas a morte, nem sequer o nascimento cuja data e local ignora.
Os EUA e a França festejam a liberdade e o povo exulta, Portugal evoca a morte e os portugueses deprimem-se. O dia 10 de Junho era na ditadura o «Dia de Camões, de Portugal e da Raça». Era um dia de nojo, na dupla acepção, com os carrascos a distribuir veneras pelas viúvas, pais e irmãos dos militares mortos na guerra colonial.
Hoje, em democracia, o dia 10 de Junho apenas perdeu a Raça. É o Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas. E permanecem as homenagens aos mortos adiados, embrulhados numa venera no palco das vaidades.
Portugal tem uma Revolução para comemorar, um dia que fez a síntese do melhor que herdámos do liberalismo e do 5 de Outubro, uma madrugada que emocionou o Mundo e libertou Portugal da mais longa ditadura do Século XX – o 25 de Abril.
Mas a mórbida evocação dos defuntos é um traço inapagável da nossa identidade.
Portugal prefere o velório à festa, a véspera da perda da independência à alvorada da libertação, a continuidade das cerimónias da ditadura à aurora de todas as liberdades, a missa de aniversário à grandeza épica de Abril.
Portugal prefere viajar de joelhos ao passado a combater de pé pelo futuro.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.