16 de Junho, 2007 Carlos Esperança
Honni soit qui mal y pense
Já não bastava comerem-lhe o filho às rodelas!
Já não bastava comerem-lhe o filho às rodelas!
Se Deus existisse, há muito que estaria em prisão preventiva e os seus serventuários a garantir que nunca o tinham visto, uma verdade, talvez a única, que apresentariam no pelourinho da opinião pública.
Quem semeia ventos e tempestades, guerras e terramotos, epidemias e pragas, não pode esperar o mais leve gesto de consideração ou estima. Deus é filho do medo e pai dos que vivem à sua custa, uma criação bizarra que explica tudo e o seu contrário sem provas ou recurso à inteligência.
O Deus de cada crente é talvez um mito tolerável, mas o Deus da religião é sempre um ente cruel, vingativo e caprichoso. Quanto mais atrasados forem os crentes mais odioso é o Deus que trazem.
O Deus do Islão é um ser pusilânime e misógino que desata aos pulos quando assiste à decapitação de um infiel, à lapidação de uma adúltera ou à tortura dos ímpios. Porta-se, na presença do toucinho, pior do que um garoto à frente de um prato de sopa e odeia o álcool quase tanto como a liberdade.
O Deus cristão, um pouco mais civilizado graças à cultura helénica e ao direito romano, anda com um colete-de-forças desde a Revolução Francesa, refreado pela separação do Estado e debilitado pela secularização, a liberdade e a democracia.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi a gota de água que fez transbordar o copo do descrédito em relação às baboseiras que Deus proferiu no Monte Sinai ou que segredou a Maomé entre Medina e Meca.
Deus gosta de humilhar os homens e, especialmente, as mulheres. Gosta de os ver de joelhos e de rastos, sempre a caminho dos templos (espécie de casas de alterne para os ofícios religiosos), ocupados na oração e a meterem-lhe cunhas para fazer uns milagres cada vez mais idiotas e ridículos.
Deus está com a cotação em baixa no mercado da razão. É um mito que persiste preso aos interesses dos clérigos, um veneno que se serve na infância e que corrói a inteireza de carácter e a felicidade dos homens.
A Palestina explodiu. As milícias islâmicas do Hamas venceram os últimos focos de resistência do presidente Mahmud Abas. Alá é grande e Maomé o seu profeta.
A faixa de Gaza, com cerca de 330 quilómetros quadrados, está separada da Cijordânia. Até há pouco a Palestina era um Estado à espera de território e de paz, agora é um lugar de mais violência à espera de Estado e com o território em risco.
Sem água, comida, paz ou recursos, a Palestina deixou de ser a pátria ansiada para se transformar num Inferno garantido, por mérito próprio, sem precisar da ajuda sionista.
Apesar de afirmações em contrário, o Hamas não resiste a criar um Estado confessional. «Chegou a era da justiça e da lei islâmica», disse, ontem em Gaza, Islam Shahawan, um porta-voz da milícia do Hamas. Aliás já começaram as execuções sumárias de membros da Fatah.
Parece que a irracionalidade e o ódio vão tomando conta do mundo. Às religiões chegou o momento de serem lideradas pelos movimentos mais sectários e cruéis. A demência da fé e o nacionalismo deram as mãos. O resultado é dramático.
Não tarda que a violência alastre à Cisjordânia.
DA/Ponte Europa Ler artigo de Ricardo Alves
Dei início no “Penso, logo, sou ateu” a mais um debate interblogues, desta vez sujeito ao tema “Será a Religião Eterna e Inevitável?“.
As regras são as mesmas utilizadas no primeiro debate e podem ser consultadas aqui.
Neste debate podem ser abordados diversos aspectos da religiosidade, tais como as condicionantes biológicas para a religião, a religião como factor de humanidade, as vantagens/desvantagens da religião na evolução das sociedades, a divulgação científica como factor de desmistificação, etc.
Data limite de participação: 22 de Junho de 2007.
Mãos à obra e bons artigos.
O Vaticano é um poço profundo dos néscios, parasitas rabugentos do tédio que sobeja nas cabeças putrefactas e violadas pelo luxo que os envolve e pela sádica vontade de envolver tudo e todos na lama da existência, na vacuidade da vida estúpida sem prazer, na totalidade da sobrevivência e morte na atrocidade da pobreza e das doenças. Prazeres desfrutam as bestas com ouros e objectos pindéricos que os adornam em ridicularidade, quinquilharias aos milhões, compradas e roubadas, ou fruto da dádiva gratuita, sem as quais se organizavam sumptuosos festivais de homens e mulheres a arderem em madeira verde, mais tempo haveria espectáculo, assados os que mais audazes eram, bailaricos de sotainas perante os aromas divinos da carne esturricada, orquestra celestial de gritos de dor e aflição que tão harmoniosamente lhes entravam pelos tímpanos. O povo venera e rejubila, aplaude e aclama, que mais pode fazer se não sabe nem pode saber o que é o bem e o mal?
O Estado das bestas não necessita de sanitários, os dejectos saem pela boca, condenam a homossexualidade chamando-lhe de anti-Natureza, quando nunca souberam o conceito de Natureza, milhares de espécies adoptam comportamentos homossexuais, breves observações da Natureza nos fazem ter a noção daquilo que as bestas não conhecem, a realidade. Pregam a homofobia, encobrindo milhares de casos de pedofilia nos seus meandros de demência, ajudam pedófilos a escaparem às leis das sociedades, elaboram documentos para os protegerem, conivência e incentivo a tais actos, acusando tudo e todos de campanhas contra deus, serão obviamente, campanhas da realidade pela realidade.
Entopem os média com as suas verborreias, mentiras e traições à Humanidade, insultam os que são pessoas, naturais, praticam sexo e dele extraem prazer, são sujos por serem Humanos, imundices dos bordeis do Vaticano não são esquecidos, violações e profanações dos ânus de crianças, vangloriam-se nos seus tronos construídos com a morte e sofrimento de milhões, e os vassalos aplaudem, os sofredores rastejam, as vitimas imploram por mais sofrimento, triste sina de quem vive no meio do gado, é tosquiado quando os apetites dos abutres clamam, siga para o meio da manada e nunca saltem fora da cerca, lá fora estão Homens livres, mentes sãs, corpos deliciados com as maravilhas da Natureza.
Encapuzados defendem a Laicidade em países islâmicos, que outra forma arranjariam para alargar os tentáculos? Defendem o totalitarismo onde conquistaram presença com genocídios e sofrimentos imensuráveis. Hipócritas reles. Maltratam os homossexuais e dão abrigo e protecção aos violadores dos ânus das crianças, crescerão e culparão a sociedade sádica que acoberta os crimes, e glamorosomente os faz aparecer como heróis nas televisões e jornais, debitando coprólito como se de um concurso para o Guinness se tratasse. O maior monte de bosta.
Maltratam as mulheres, humilham-nas com os seus machismos dementes e idolatraram Marozia nas suas orgias nos tempos das Pornocracias, na África do Sul violam tudo o que está à mão, nem as freiras conseguem paz nas suas vaginas. Ridicularizam os concertos de música, a idolatria que neles existe, e falam acima de todos, todos ajoelhados e bico calado, beijos nos sapatos tingidos de vermelho quem sabe, marca da nostalgia dos tempos gloriosos da Igreja Católica e seus massacres sanguinários.
Defendem a vida e produzem milhares de mortes com os seus missionarismos cristãos genocídas, não usem preservativo e morram como vermes agoniados no meio das fezes e da mais indigna condição Humana. Defendem a caridade e possuem 5000 quartos quando lá moram apenas cerca de 800 pessoas. Falam de família quando não existem crianças nem mulheres naquele putrefacto lugar.
Condenam o aborto pois é mais fácil violar e deixar crianças entregues a mães que não os podem sustentar, que se prostituam para arranjar alimentos para os filhos, a necessidade é meramente ejaculatória. Atacam as mais Humanas associações, insultam, quando realmente nunca souberam o que é viver, o que é ser uma pessoa.
Nunca a Natureza poderia ser tão humilhada, nunca o Ser Humano poderia ser tão rebaixado ao esgoto da putrefacção existencial se não existissem deficiências como o Catolicismo.
Também publicado em LiVerdades e Ateismos.net
Uma religião que discrimina a mulher não é um caso de fé, é um problema de polícia. O clero que aceita casamentos de meia hora e condena à morte quem se prostitua não é um corpo religioso, é uma associação de malfeitores com requintes de hipocrisia e laivos de malvadez.
Se 148 imbecis, com apenas 5 votos contra e 4 abstenções, votam no parlamento, um decreto-lei que pode condenar à morte quem trabalha no cinema pornográfico, não se limitam a impor a moralidade, aplicam a barbárie do totalitarismo religioso.
Se não combatermos ideologicamente a imbecilidade mística que brota dos antros da fé, corremos o risco de oferecer o pescoço ao cutelo, o corpo à lapidação e a liberdade aos fanáticos de Deus. O mundo regressará à Idade Média com fogueiras em nome de Cristo e apedrejamentos para glória de Maomé.
Deus é grande, do tamanho da insânia dos homens e da maldade dos clérigos. Se não pudermos vencer a demência dos seus padres é a civilização que entra em agonia e as sociedades livres e tolerantes que estão condenadas.
Deus é a grande maldição da modernidade, o mito abjecto que odeia a felicidade e que dispõe de exércitos de sotainas capazes de nos tirarem, mais do que a vida, a liberdade que o mundo penosamente conquistou em luta contra as Igrejas.
Devo confessar que tinha ficado positivamente impressionado quando soube que a Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) ia deixar de financiar a Amnistia Internacional, não por deixar de o fazer (e por alardoá-lo numa tentativa de manipulação patética), mas porque não esperaria que o Vaticano fosse doar dinheiro para uma instituição que tanto respeito. Parti do princípio que não fosse muito, mas ainda assim fiquei positivamente impressionado.
Agora entendo: foi mais uma das mentiras do Vaticano, que volta a revelar-se como sendo uma instituição sedenta de dinheiro, que não hesita na distorção da verdade, mentindo descaradamente. Agora o alegado estado inequivocamente ditatorial vem apelar às pessoas para que não doem dinheiro à Amnistia Internacional. Estas tentativas de controlo e manipulação metem-me nojo, quer pela mesquinhez dos objectivos, quer pela falta de escrúpulos nos meios usados.
Um acto é bom ou mau porque Deus decide, e pronto. Quando no antigo testamento Deus aconselhava os pais a apedrejar as filhas que descobrissem não ser virgens, isso era bom por definição. Supostamente, entretanto mudou de ideias e agora é mau. Ora isto não é ética. É capricho. O bem e o mal não pode ser assim à escolha do freguês. Nem mesmo que seja o Freguês.»(«Ética, parte 3: Deus?… Para quê?», no Que Treta!)
Podemos ver uma situação semelhante em vários conjuntos de memes. É típico das religiões condenar a apostasia e exortar os fiéis a ensinar a sua religião aos filhos. São também comuns os rituais e credos que têm que ser executados ou proferidos sempre da mesma exacta maneira. Nada disto beneficia o crente ou o seu deus. Quem beneficia com a repetição à letra do «Pai Nosso que estais nos céus, santificado seja o Vosso nome…» é esse meme, que assim é propagado com alta fidelidade. Tal como os vários genes de um vírus, os vários memes de uma religião colaboram para a sua propagação. Não em benefício do hospedeiro, mas em benefício daquele conjunto de comportamentos propagados por imitação.»
(«Memes.», no Que Treta!)Logo à entrada, todos os visitantes são convidados a “penetrar no espírito” do Museu e são aconselhados:
“Não pense, escute somente e acredite“»
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.