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24 de Julho, 2007 jvasco

O Mistério da Santíssima Trindade

Quem crê no «mistério» da Santíssima Trindade, crê que:

1) Jesus Cristo é Deus
2) O “Pai” é Deus
3) O “Espírito Santo” é Deus

4) Deus é único

5) O “Pai” não é o “Filho”, nem o “Filho” é o “Pai”
6) O “Pai” não é o “Espírito Santo”, nem o “Espírito Santo” é o “Pai”
7) O “Filho” não é o “Espírito Santo”, nem o “Espírito Santo” é o “Filho”

Sucede-se que a identidade é transitiva. Se “A é B” e “B é C” podemos concluir que, nesse contexto, “A é C”. Não há volta a dar.
Assim sendo, de acordo com a lógica, a aceitação das proposições 1, 2 3 e 4 implica a negação das proposições 5, 6 e 7. Logo, a conjunção de todas estas proposições tem um valor lógico conhecido: falso.
Aceitá-las a todas é como aceitar que 2+2=5.

Aquilo que os adeptos deste “Mistério” alegam é que é por isso mesmo que ele é chamado de “Mistério”: não está ao alcance da nossa compreensão. Para a nossa lógica humana limitada isto não faz sentido, mas isso é porque não temos acesso a este “Mistério”, que não o é para Deus.
Fora das limitações da lógica humana, conhecendo o pensamento omnisciente de Deus, o “Mistério” da Santíssima Trindade não tem nada de misterioso: é claro como a água.

Para muitos dos que não crêem neste mistério parece incrível que esta pseudo-justificação funcione para que as pessoas aceitem algo mais absurdo que “2+2=5”.

Mas funciona.

É este o poder da religião, e a sua capacidade de relegar a lógica e a racionalidade para segundo plano, sempre afirmando não o fazer. «É uma outra Racionalidade, mais ampla», alegam. Eu chamo-lhe duplipensar. Como bem observou Orwell no 1984, uma comunidade treinada para aceitar proposições contraditórias é mais permeável à ditadura e à opressão.

24 de Julho, 2007 Hacked By ./Localc0de-07

Bíblia e a venda de filhas

Quando de moral se fala acrescentando escritos bíblicos para sua interpretação, convém conhecer o conceito do antagonismo, melhor conhecer aquilo que não se deve fazer, amoralidade que realmente fortalece quem de moral se preza. Pais venderem as filhas será correcto? Resposta óbvia quando os conceitos de bem e mal são conhecidos, instintivamente se reflectem caso contextos exteriores não os deturpem da sua própria natureza, a Natureza. Biblicamente se legisla que vender filhas é correcto, serem escravas é correcto, serem uma das muitas esposas de um homem também é correcto, poligamia portanto.

Êxodo 21:7-11 “Se um homem vender sua filha para ser escrava, esta não lhe sairá como saem os escravos. Se ela não agradar ao seu senhor, que se comprometeu a desposá-la, ele terá de permitir-lhe o resgate; não poderá vendê-la a um povo estranho, pois será isso deslealdade para com ela. Mas, se a casar com seu filho, tratá-la-á como se tratam as filhas. Se ele der ao filho outra mulher, não diminuirá o mantimento da primeira, nem os seus vestidos, nem os seus direitos conjugais. Se não lhe fizer estas três coisas, ela sairá sem retribuição, nem pagamento em dinheiro.

Assim sendo podemos ter exemplos excelentes da moral bíblica, um homem pode comprar uma mulher para a violar, depois ela pode ir embora ou ficar para futuras violações, caso se vá embora não tem de pagar nada ao violador. Homens abastados podem ter as esposas que quiserem, um bordel privado, apenas convém dar-lhes de comer, dar-lhes roupa e chamar-lhes esposas, caso o “contrato” seja quebrado elas podem ir embora sem terem de pagar nada ao proxeneta. Negócio interessante nestes contextos seria o da produção em série de filhas, rentável e com possibilidades de saldos, leve 3 e pague 2 ou descontos a clientes habituais, talvez mesmo uma venda de filhas ao quilo.

Lixo bíblico amoral pode ser encontrado numa livraria próxima de si, não aconselhável a menores, a pessoas com problemas psicológicos, a crentes, a pessoas com problemas cardíacos e, em geral, a pessoas sem maturidade e sem sentido crítico.

Também publicado em LiVerdades e Ateismos

23 de Julho, 2007 Carlos Esperança

Quando o terrorismo vem de Deus

A benevolência para com as conspirações religiosas estão na origem do atrevimento dos crentes que querem ajoelhar o mundo aos pés do único Deus – o seu – e do proselitismo que alastra como uma mancha de óleo.

Sabemos como é difícil vigiar mesquitas quando se tem medo de vigiar igrejas católicas onde os sermões terroristas dos padres ameaçam com o inferno os crentes que votam de forma diferente da vontade do Papa e da alegada vontade de Deus, ou os que incitam, por exemplo, a assassinar médicos que interrompem uma gravidez indesejada.

A prevenção dos crimes não pode estar sujeita à subserviência ao clero nem ao temor de Deus.

A paz tem de ser defendida mesmo contra o clero. Sobretudo contra Deus.

23 de Julho, 2007 jvasco

Ateísmo na Blogosfera

  1. «Eu nunca vi mamilos de lontra, mas creio que as lontras os têm. Alguns crentes dirão que isto prova que o conhecimento científico é igualzinho à fé religiosa. Uns crêem nos mamilos de lontra sem nunca os terem visto, outros crêem em deuses sem nunca os terem visto. É a mesmíssima coisa.

    Só que não. Uma grande diferença é a atitude perante a possibilidade de erro. E se não for como eu penso? Se procurar na lontra toda e não vir vestígio de mamilos mudo de ideias. Não vou postular mamilos invisíveis, transcendentes, metafísicos. Nem mamilos omnipotentes a saltar para as costas da lontra quando lhe examino o ventre, testando a minha fé no Mamilo. Se não tem, não tem. Mudo de crença. Agora perguntem ao crente religioso como ele encara a possibilidade de se enganar. E se não existirem deuses? Como é que sabe? É mamilos invisíveis até onde a vista alcança…»(«E se não for?», no Que Treta!)

  2. «O que importa é a Transcendência. Notem o T maiúsculo. É essa propriedade dos Blin que os coloca totalmente à parte de qualquer refutação empírica. O efeito foi imediato, devolvendo aos crentes o fundamento da sua fé nos Blin e simplificando toda a argumentação Blinológica. Conta-se que São Gervásio, sempre pragmático, até fez um bom dinheiro vendendo cartões onde se lia, em bela fonte gótica:

    «Esse argumento/exemplo (riscar o que não interessa) é completamente inadequado porque os Blin Transcendem _______________________________________.»

    Mesmo as dúvidas mais profundas podiam agora ser dissipadas com um simples gesto da pena.»Transcendência», no Que Treta!)

  3. «Acontece é que reconheço como modesto o impacto da minha crença ou descrença. Por crer numa mentira consigo apenas enganar-me; não tenho o poder de a tornar verdade só de acreditar. E se duvido de uma verdade não a torno menos verdadeira. A minha dúvida não faz mossa. Posso crer. Posso descrer. O universo não se importa.

    Isto é libertador. É um alívio. Não tenho medo de pensar, de duvidar, de colocar perguntas ou tentar compreender as coisas por mim. Nem me sinto obrigado a acreditar. A realidade resiste à dúvida, e nunca vou estragar nada só por falta de crença. Posso ter a opinião que quiser sem que tudo fique uma lástima, e posso mudar de opinião sempre que encontrar uma melhor.»(«Lástima…», no Que Treta!)

22 de Julho, 2007 Carlos Esperança

Divina demência

Enviada ao DA pelo meu amigo e prezado leitor G. T.
22 de Julho, 2007 Carlos Esperança

Coimbra – A Senhora de Fátima e o rugby

A Associação Académica de Coimbra, que já teve a melhor equipa nacional da modalidade, pouco confiante no mérito dos actuais jogadores e do treinador, virou-se para o santuário de Fátima.

Assim, recentemente, um director da secção de rugby levou a Fátima a respectiva bandeira na esperança de que a Senhora de Fátima, certamente praticante da modalidade, passe a favorecer a equipa e a prejudicar as dos adversários.

Alguns atletas confiam mais nas suas capacidades do que na intercessão da Virgem. Até o árbitro é capaz de ter mais influência, mas o ridículo já chegou à Secção de Rugby da AAC, pelo menos a um dos pios directores.

A partir de agora os resultados serão brilhantes ou a senhora de Fátima fica mal vista e o director beato deve trocar as funções com as de mordomo das festas da Rainha Santa.

21 de Julho, 2007 Carlos Esperança

Há quem acredite

Publicação pia – Salmos & Anjos

(Clique nas imagens para aumentar)

21 de Julho, 2007 Carlos Esperança

Religião e corrupção

Há nas religiões uma filosofia que envergonha as pessoas de rectas intenções e nobres ideias.

Comecemos por este estranho hábito de viajar de joelhos ou de rastejar, como fazem os subservientes ou os répteis, para agradarem a um Deus que os homens criaram e os padres exploram. Haverá algo mais deprimente do que dobrar a coluna para pedir a Deus um favor, uma injustiça ou uma arbitrariedade?

Às vezes recordo a excelente conferência do Casino, de Antero de Quental: «Causas da Decadência dos Povos Peninsulares» e verifico como se mantém actual a acusação ao catolicismo romano. E compreendo melhor como a demência do Islão conduz os povos que oprime à miséria, ao desespero e à oração.

Quem, de mente sã, esfola os joelhos e balbucia orações para que Deus mande chuva ou cure uma doença para a qual o estado da arte médica não encontra solução? Quem é capaz de subornar um santo com uma esmola, uma bilha de azeite ou um pagamento em numerário, para interceder junto de Deus para um benefício qualquer, não é uma pessoa honesta ou os padres deram-lhe volta ao miolo.

Há no catolicismo esta mentalidade rural de que tudo se compra, todos são venais, o que é preciso é untar as mãos de quem tem poder. O que surpreende é ser Deus o malfeitor capaz de se corromper, de favorecer um cábula, de curar um doente, quando devia curar toda a gente ou, melhor, impedir que alguém adoecesse.

Deus não é uma invenção simpática, é uma ideia perigosa capaz de induzir a corrupção, a mentira, a fé e a guerra. E os promotores de Deus, que o exploram e vendem junto dos simples, são os responsáveis pelo atraso, a superstição e a mentira que arrasta multidões de crentes para manifestações de ódio, actos de vingança, terrorismo e guerras.

21 de Julho, 2007 Hacked By ./Localc0de-07

Homofóbicos ao serviço de deus


Um dos enormes problemas do cristianismo, não considerando o problema essencial de apenas existir, é a sua completa anti-natureza, uma concepção de um Universo surreal completamente desenquadrado da realidade, da concretude das coisas. De pouca preocupação se podia reflectir uma abordagem às bases, não fossem as bases uma chamada às armas e à interferência constante com a vida dos outros, uma espécie de vigilância permanente sobre a vida dos vizinhos numa forma de auto-existência infeliz e impessoal, uma vida caminhada numa espécie de sonambulismo, vida desperdiçada em bisbilhotices sobre o que fazem os outros e tentativas de inserção de uma imagem do mundo distorcida, ridícula, desumana e atroz.

Entre os mais estúpidos conceitos está o sexo, inserido numa legislação sexual extremamente assexuada e desprovida de emoções e sentimentos, uma visão da barbárie aprofundada na própria mente humana, despojar o Homem da sua Humanidade no ponto primordial, a sexualidade. É realmente assustador comparar a visão cristã ridícula sobre a sexualidade com as civilizações antigas, Antigo Egipto por exemplo, verificar que a sexualidade e a liberdade Humana sexual foram espezinhadas por uns bárbaros que resolveram escrever um livro ridículo chamado Bíblia. No Antigo Egipto verificava-se uma surpreendente igualdade sexual, aproximada e não utópica, sacerdotisas celebravam festivalidades de fertilidade, desenvolviam perfumes, maquilhagens várias, inclusive utilizavam profilaxia, conceito escondido pelo cristianismo.

A homofobia é um dos mais grotescos “movimentos” de sectarismo Humano cristão, uma divisão feita acerca das convicções naturais sexuais individuais com base nos escritos bárbaros bíblicos, uma espécie de depressão sexual cristã, um hediondo sentido de coscuvilhice das vidas alheias tendo por base a assexualidade ou castidade cristã, uma drenagem da Vida dos crentes, um conceito que busca os antagonismos, ambos usados erroneamente. Primeiramente pretende que os Seres Humanos se comportem como animais desprovidos de consciência da própria consciência, sexo como reprodução tal como de cães se falasse, retirar a essência Humana da busca do prazer e felicidade e substitui-la pelo gelo putrefacto do sexo inócuo. Psiquiatricamente doentes, não é possível ser psicologicamente saudável através destes comportamentos, a libido é livre, oprimindo a libido ela promove a revolução natural e coloca a mente no caos, facto que passa despercebido ao cristão.

Com erros de Natureza deste género é fácil concluir uma revolta transformada em guerra a qualquer coisa, homossexuais talvez os mais atingidos, convicções de fé alicerçadas pelos escritos bíblicos, Levítico 20:13 “Quando também um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue será sobre eles.”, seja portanto uma lei de punição, deus vê tudo, onde estará a lista dos “abominados”?

Vários religiosos, e realmente religiosos, não aqueles que só vão ao Domingo à igreja para não se esquecerem que existe um ser superior e uma fé nele, ou os hipócritas que dizem que a bíblia é a palavra de deus e a decoram mas que realmente nada fazem mas em tudo invertem contextos, metáforas também se retiram das receitas de culinária, não-praticantes religiosos cristãos também o serão de acupunctura e alquimia, esgrima e salto à vara, são profetas, enviados de deus, amam o ser superior e devoram a bíblia durante milhares de horas, convicções de fé manifestadas em acções e temos violência.

Matar homossexuais não será um acto isolado, é uma manifestação de fé que acontece inúmeras vezes, em 15 de Julho de 2007 a Houston Chronicle reportou mais um caso de assassínio nos contextos anteriormente referidos, Terry Mark Mangum matou um homossexual, supostamente homossexual mas esse facto em nada interessa para o caso, e nas suas declarações, assim como na maioria de casos similares trabalhava para deus, “Eu acredito que sou o Elijah, fui chamado por deus para ser um profeta e acredito do fundo do coração que fiz o que era correcto.”. Mangum acrescentou que “deus disse-me para matar um homossexual porque a perversão sexual é o pior pecado.” e que “queria enviá-lo para o inferno.” rematando que “eu não sou má pessoa, eu amo deus.”

No Peru em 29 de Dezembro de 2006 um destes profetas foi preso, acusado de matar 13 homossexuais. Segundo o assassino, Pedro Nakada Ludeña, ele seguia “as ordens de deus para purificar a Terra.”, acrescentando que “Eu não sou um criminoso, sou um “limpador”, livrei a sociedade de homossexuais e vagabundos. Quando eram pessoas más, não tinha remorsos, porque de repente podia ser um gay.”.

Muitos mais casos existem a seguir os mesmos padrões, extremamente lógicos dentro da religiosidade cristã, existe um ser superior que legislou os comportamentos de todos os Homens na bíblia e temos de os cumprir, quebra dessas leis punida com a morte e uma vida eterna a estorricar no inferno, o religioso orgulhoso do cumprimento das leis perante os infiéis subirá ao paraíso, não terá 72 virgens porque essas estão no paraíso islâmico, mas é branco e bonito. Completamente irracional e ilógico se lermos a Declaração dos Direitos Humanos e se formos observar a Natureza, o comportamento homossexual já foi observado em mais de 1,5 mil espécies e é bem documentado em 500 delas, se existe algo contra a Natureza é a homofobia e as legislações ridículas cristãs sobre a sexualidade Humana. E assim se fazem eclipses de deus segundo Ratzinger.

Também publicado em LiVerdades e Ateismos

Links úteis:
Suspeita de crime diz que estava a fazer o trabalho de deus: Houston Chronicle
Declaração Universal dos Direitos Humanos
Exposição sobre animais gays: BBC
Peru: Polícia prende psicopata que matou homossexuais por “ordens de Deus”: GOnline
Bíblia contra Gays: PortugalGay
Discovery Channel: History of Sex and Love
União gay e aborto são ‘eclipse de Deus’ diz Vaticano: BBC