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Autor: José Moreira

9 de Novembro, 2011 José Moreira

Feriados… (II)

Lê-se e não se acredita. Quero dizer, eu não acredito. A Igreja aceita mudar dois feriados religiosos se o Governo mudar dois civis… Mas espera aí: estes fregueses já impõem condições ao Governo? “Aceita se…??? Estão loucos, ou estão a falar mesmo a sério? E se o Governo não aceitar (eu sei que vai aceitar, ou não fosse, este governo, formado por devotos beatos)? Fazem greve?

1 de Novembro, 2011 José Moreira

Dúvidas de um ateu (II)

Gen 2:16 – E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente,
Gen 2:17 – Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.

A primeira dúvida prende-se, desde logo, com o facto de Deus ter criado uma árvore cujo fruto não se podia comer. Ou seja, uma árvore completamente inútil já que, tanto quanto se sabe, nem sequer havia indústria madeireira. E Deus cria coisas inúteis?

Mas a questão torna-se mais complexa quando se afirma que Deus é, entre outras coisas, omnisciente. E o que se pergunta é:

  1. Deus sabia, ou não, que o casal iria comer o fruto proibido?
  2. Se sabia, como se depreende, por que carga de água colocou uma árvore cujo fruto não podia ser comido e que, no fim de contas, não servia rigorosamente para mais nada?
30 de Outubro, 2011 José Moreira

A Igreja e a sociedade

“A Igreja vive melhor que a sociedade”, parece uma frase tirada de um discurso ateu. No entanto, se lerem aqui mudarão de opinião.

28 de Outubro, 2011 José Moreira

“O marketing do aborto”

Quando se passeia, na Internet, por portais religiosos, não raro somos surpreendidos por escritos absolutamente inesperados, vindo de quem vêm.

Podem confirmar… aqui.

27 de Outubro, 2011 José Moreira

Dúvidas de um ateu (I)

Uma das razões que me levaram ao ateísmo, e foi uma caminhada algo lenta, foi a ausência de respostas a certas perguntas. Com efeito, ao longo dos anos fui confrontado com respostas do tipo “Deus é que sabe”, “são os desígnios de Deus”, “Deus assim quis”, etc. Ou seja, uma mão cheia de nada.
Claro que não desisti de encontrar respostas; e hoje, que vejo o Diário Ateísta (bem) frequentado por gente ligada à religião, tenho esperança de começar a encontrar respostas. Respostas a sério.
Assim: Não é crível que Deus, infinitamente inteligente e poderoso, perca o tempo a criar coisas inúteis; seria como que a sua negação como deus. Deus criou, primeiro, o Homem e, só depois, criou a Mulher.
E a minha pergunta é: para que Deus colocou mamilos no Homem, já que sabemos para que servem, na Mulher?

25 de Outubro, 2011 José Moreira

Milagres…

A cada passo somos confrontados com fenómenos inexplicáveis – ou convenientemente deturpados de modo a dificultar a explicação. Ou é o olho da D. Guilhermina que se cura milagrosamente graças à intercepção de D. Nuno Álvares, ou é uma freira que, milagrosamente, vê a sua doença de Parkinson desaparecer, ou é uma mulher que vê regredir um cancro na garganta.
Quando a ciência não pode – ou não sabe, que a ciência não sabe tudo e ainda bem, acrescento eu – explicar os fenómenos, aparecem os aproveitadores do costume a berrar que nem ovelhas desmamadas, “milagre, milagre!”.
Era assim nos primórdios da Humanidade, quando o Homem foi confrontado com fenómenos na altura inexplicáveis; foi assim que nasceram os deuses, posteriormente reunidos num só, suponho que por razões económicas.
Em resumo: quando ocorre um fenómeno inexplicado, é milagre. E o presumível autor do “milagre” começa a percorrer o rápido caminho para a santidade
Ponto final.
A televisão tem-nos dado conta de uma senhora que deu à luz uma criança que nasceu sem uma das mãos. Hoje mesmo, perante as câmaras, a senhora afirmava ter tido uma gravidez e um parto normais, e que a ciência não encontrava explicação para o fenómeno.
Estão, pois, creio eu, reunidas as condições para que o fenómeno seja considerado milagre, e para a senhora ser beatificada. Ou santificada, sabe-se lá… Com a vantagem da originalidade: o milagre deu-se com a autora ainda viva, não deixando margem para dúvidas ou especulações, enquanto os outros têm ocorrido com os presumíveis autores já defuntos, não podendo haver certezas quanto à autoria. Só suposições.
A Congregação Para a Causa dos Santos está à espera de quê? De que a senhora morra?

14 de Outubro, 2011 José Moreira

A Igreja e os feriados

Leio, na comunicação social, que a Igreja está “disponível para conversar” sobre os feriados – isto a propósito da prevista alteração, de que já se falou anteriormente. Confesso que a minha primeira reacção foi deixar cair o queixo. A despropósito, convenhamos, porque da ICAR  tudo é expectável. No pior sentido, naturalmente. Alguém lhes perguntou alguma coisa? A ICAR é, agora, proprietária dos feriados?

Desde logo, a alteração ou eliminação dos feriados vem na sequência de medidas económicas. Ou seja, é uma medida meramente política, que nada tem a ver com a religiosidade. Pelo que, e nesse sentido, quem deveria mostrar-se disposto para conversar, seriam os chamados parceiros sociais, esses sim, representantes de quem, de uma forma ou de outra, contribui para a economia do país.  Não me recordo de a ICAR ter contribuído, no sentido útil, para essa mesma economia. Pelo contrário, encontra-se isenta de impostos que fazem doer a carteira de quem, realmente, trabalha, e farta-se de receber subsídios. Bem, farta-se é uma figura de estilo. Nunca se farta.

Mas também é sabido que os feriados religiosos acabam por ser, no fim de contas, uma forma de a ICAR arredondar as contas. Feriado religioso é dinheiro em caixa, para a ICAR.  Daí o meu desqueixelamento ter sido despropositado: o Governo está a “mexer nos bolsos” da ICAR, e esta põe-se em bicos de pés. Rabeia, como diria a minha avó.

Curiosamente, ainda não notei que algum dos ditos parceiros sociais se tenha pronunciado – mesmo aqueles que defendem “menos trabalho e mais dinheiro”. Andarei distraído?

13 de Outubro, 2011 José Moreira

Feriados…

Leio, na comunicação social, que o Governo pretende acabar com alguns feriados. Religiosos, acrescente-se, o que se saúda.

Ao que parece, os candidatos à extinção são o “corpo de deus” e o “todos os santos”. É pouco. Muito pouco. Portugal tem demasiados feriados religiosos. Ninguém sabe, por exemplo, qual a razão de um feriado para a “imaculada conceição” quando é certo que essa conceição “imaculada” foi decidida por decreto por um bem terreno Papa. Como foi que o homem soube que Maria tinha sido concebida “sem pecado”? Estava lá para ver? Já agora: qual “pecado”? O de a respectiva mamã ter dado uma “cambalhota” de que resultou o nascimento de Maria??

Há outros, mas, para já, fiquemo-nos com estes. Claro que já estou a ver os créus de plantão a berrarem pelo Natal e pela Páscoa… Bom, a Páscoa calha a um domingo, por isso, nada a fazer; quanto ao Natal, não há a menor razão para que seja uma festa religiosa (aliás, é-o cada vez menos); muito antes da Era Comum, já se festejava o “natalis solis invictus”, que é como quem diz, o Solstício de Inverno. Não vejo razão para que não se continue a festejar.

 

2 de Outubro, 2011 José Moreira

Será da crise?

A propósito da tomada de posse do novo bispo de Bragança-Miranda, tem-se falado na fusão de paróquias. E aqui começam as minhas preocupações: será por causa da redução da freguesia crente? Será por défice de padres? Ou terá sido por imposição de “troika”?

Já agora:  a RTP (que todos nós pagamos e de que maneira!) gastou quase tanto tempo com a notícia da tomada de posse como com o buraco da Madeira. É obra!