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Big Bang – simulação da criação do Universo (2)

O sucesso da primeira etapa da mais ambiciosa experiência da Física, realizada até hoje, deixou pasmados os crédulos e assustados os beatos. A religião sai ridicularizada com o avanço da ciência, e os livros sagrados, já pouco críveis, reduzidos a catálogos de mitos que têm os dias contados.

O aproveitamento obsceno de alguns finórios da fé levou-os ao desplante de atribuírem a Deus esta notável experiência humana. Não vacilaram em enfeitar com os louros do êxito um mito criado por homens ignorantes e supersticiosos.

Os traficantes da fé, que no passado queimaram cientistas em nome do mesmo Deus a quem hoje atribuem os feitos dos homens, não desistem de manter um mito e adaptá-lo às circunstâncias que lhes convêm. É a eterna propensão mitómana das religiões e a atitude de camaleão dos seus propagandistas.

No acelerador de partículas não circula água benta, na contagem decrescente para o começo da experiência não houve bênção papal e no decurso da simulação ninguém pediu preces ou peregrinações.

Enquanto a ciência avança, as religiões, cada vez mais anacrónicas e fundamentalistas, limitam-se a proibir o prazer e a abençoar a miséria.

Cientistas de todo o mundo lançam um projecto fascinante enquanto o Papa, os bispos, os talibãs, os rabinos e os aiatolas rastejam, rezam e viajam de joelhos e de rabo para o ar, em fúria contra o progresso e a liberdade. Uns estudam outros rezam.

A ciência vencerá a fé e a razão o preconceito. Enquanto os clérigos se preocupam com a pílula e o preservativo, «o mundo pula e avança».