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Bispo católico despedido

O prelado argentino Antonio Baseotto, bispo das Forças Armadas, foi destítuido das suas funções após ter afirmado que o ministro da Saúde do seu país devia ser atirado ao mar, uma prática recorrente na ditadura militar.

O bispo da Igreja que é intransigente na defesa da vida, com o inestimável apoio de citações do Novo Testamento, afirmou que dever-se-ia amarrar uma pedra ao pescoço do ministro Gines Gonzalez Garcia e atirá-lo ao mar, já que este tem assumido posições reiteradas em defesa da legalização do aborto.

O referido ministro da Saúde tem sido contestado e alvo de críticas dos devotos católicos argentinos devido a decisões como a distribuição gratuita de contraceptivos no país e a revogação de uma decisão judicial que bania o uso da pílula contraceptiva e de dispositivos intra uterinos. Em relação a esta última, Gonzalez Garcia declarou ser uma decisão «absurda e baseada no apelo de fundamentalistas religiosos» e impediu que tivesse efeitos, nomeadamente a destruição de todos os dispositivos e pílulas existentes no país.

Não obstante ser apenas o Vaticano a entidade com autoridade para destituir Bispos e Roma ter reagido aos dislates do Bispo ratificando a sua nomeação, o governo argentino já declarou que iria retirar o seu apoio ao Bispo, nomeadamente que deixaria de lhe pagar o respectivo salário.