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DIZEM

DIZEM – Foi uma vez, um menino que não foi concebido por amor nem por prazer, foi encomendado a um intermediário.
Criado numa família desajustada, a criança não abraçou a profissão do padrasto e pela mãe parece não ter nutrido grande afeição.
Desligado de tudo, fez-se à estrada e aí começou a conquistar amigos por onde passava.

Há boatos, que ele era um ótimo falador e politicamente virado à esquerda, fazendo afronta à direita contra os vendilhões e contra os ricos exigindo que a riqueza fosse mais bem distribuída. Enfim, quem não tem guarda chuva… molha-se. Caiu mal no goto dos políticos corruptos e fizeram-lhe a folha. Souberam que ele ajuntara 12 correligionários para espalhar fake news, boca a boca por que na época não havia nem telefone nem internet nem papel A4 para imprimir na clandestinidade.
Não tardou e foi acusado por um membro do grupo que usufruiu da delação premiada. Julgado em mais que uma instância, pois nem todos os juízes interpretam as leis com o mesmo raciocínio (o cérebro tem coisas que não lembram nem ao diabo), acabou condenado à morte. Foram-se os bons tempos de putas e vinho verde e ainda por cima teve de ir a pé até ao local indicado sem direito a transporte oficial do estado.
No final lembrou-se de tudo e acusou, PAI, PORQUE ME ABANDONASTE?