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As religiões e a lei de Murphy

Por

Paulo Franco

As leis de Murphy talvez não sejam para levar demasiado a sério mas são, sem dúvida, uma advertência séria para o que realmente pode correr mal.

As leis de Murphy são o paradigma da apologia do pessimismo, a hipérbole do derrotismo e do desalento face ao que pode vir a acontecer.

Se (de forma algo forçada, é certo) adaptarmos o “espírito” das leis de Murphy ao que de negativo as religiões têm dado à humanidade, poderíamos elaborar as seguintes premissas:

– Se alguém te mente uma vez, pode mentir-te muitas vezes.

– Se alguém te mente muitas vezes, pode mentir-te sempre.

As religiões já nos mentiram sobre a existência de infernos e purgatórios; será que não nos estão a mentir sobre a existência do Céu?

As religiões já nos mentiram sobre a existência de demónios e diabos: será que não estão a mentir sobre a existência de deuses?

As religiões já nos mentiram sobre a existência de anjos, bruxas e feiticeiras: será que não estão a mentir sobre a existência de pessoas ressuscitadas?

Mas, se com toda a força de vontade da resiliência humana, nos submetermos ao poder da Fé e acreditarmos que Céu, Deuses e Pessoas que ressuscitam realmente existem, podemos sempre admitir a hipótese de, afinal, inferno, purgatório, demónios, diabo, anjos, bruxas e feiticeiras serem também uma realidade no nosso mundo, mas aí teremos seriamente de nos interrogar:

Estaremos afinal de regresso à Idade Média?

Ou será que quem mente muitas vezes pode mentir sempre?