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  • 13 de Janeiro, 2013
  • Por Carlos Esperança
  • Islamismo

O Mali, as crenças e a guerra

O Antigo Testamento, elaborado na Idade do Bronze, está na origem das três religiões do livro. Não podemos surpreender-nos com a violência, crueldade, espírito vingativo e misoginia divinas se refletirmos sobre a época e os homens que criaram Deus à imagem e semelhança deles próprios. A xenofobia, a homofobia e o espírito patriarcal eram as marcas tribais da época.

Os judeus responderam aos seus medos e inquietudes com a criação de um hipotético ser que explicava, por defeito, todas as dúvidas e era a esperança dos seus anseios.

Paulo de Tarso provocou uma cisão do judaísmo, bem sucedida, com a ideia luminosa de que o Deus de Israel era afinal para todos os homens, com a perigosa fantasia de que era a verdade única e de que todos deviam submeter-se à vontade do deus cristão. Foi útil para a consolidação do Império Romano e trágico para as outras crenças, sabendo-se como é difícil renunciar à crença incutida na infância. O proselitismo foi e é uma prática de que não abdicam os sacerdotes cristãos e muçulmanos.

Mais tarde havia de nascer o mais implacável dos monoteísmos, graças a um guerreiro analfabeto a quem o arcanjo Gabriel, de avançada idade, havia de ditar um livro que é a cópia grosseira do cristianismo, exonerada da cultura grega e do direito romano, este de natureza civilista e aquela de vocação humanista.

É fácil encontrar no terrorismo suicida e assassino do belicismo muçulmano a mesma sanha boçal dos católicos espanhóis que evangelizaram a América do Sul. As páginas do Corão apelam constantemente à destruição dos infiéis, da sua cultura e civilização, bem como dos judeus e cristãos (por esta ordem) em nome do Deus misericordioso que alimenta a imensa legião de clérigos e as hordas de terroristas.

Hoje, o proselitismo islâmico, fascista, busca manter o espírito demencial das cruzadas, impor cinco orações diárias, submeter as leis ao espírito da sharia e dominar o mundo.

A tensão que ora se vive no Mali é fruto dessa demência pia, da intoxicação diária nas mesquitas e madraças, do manual terrorista – dito livro sagrado –, o Corão. É por isso que, apesar das duas faces que tem cada moeda e da cobardia de quem se conforma com o proselitismo, apoio sem reservas a ajuda militar da França ao Mali, contra o avanço islâmico.