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“Graças a Deus”

A TV passava um excerto de reportagem acerca da violência doméstica. Uma vítima, alvo de uma série de facadas por parte do ex-companheiro, relatava dos detalhes da agressão. E elucidava (cito de memória):

– Os médicos disseram que ele (o agressor) procurou os locais de modo a causar-me a morte. Ele queria matar-me.

A seguir, ergueu os olhos ao alto e concluiu:

– Graças a Deus, estou aqui.

Dei comigo a pensar: “Graças a Deus”, porquê? “Graças a Deus” que está viva, ou “graças a Deus” que o companheiro a agrediu? Na primeira hipótese, o tal Deus não poderia ter evitado a agressão? Se sim, por que não o fez? Se não, dar-lhe graças porquê (Epicuro não perguntaria melhor)?

Na segunda hipótese: assim, já se entende. Basta ler, por exemplo, Efésios:

22 – Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao senhor;

12 – Porque o marido é a cabeça da mulher…

 

Hummmm; assim, já se compreende. Ou obedeces, ou…