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  • 5 de Fevereiro, 2009
  • Por Carlos Esperança
  • Catolicismo

ICAR e obscurantismo

Basta pesquisar na NET para ver como se envergonhavam do cardeal Ratzinger os católicos que acusavam o Diário Ateísta de serem tratados como se fossem iguais a ele. Era com desprezo que se referiam ao censor anacrónico, envergonhados da imagem que transmitia da sua fé.

Aconteceu que a pomba e o Opus Dei lhe impuseram a tiara e o camauro quando lhe deviam dar a reforma. Não viram no frio pastor alemão a raiva que o corroía, o ódio que acalentava e a saudade que sentia do poder temporal dos papas.

Este papa, Ratzinger de seu nome, com o pseudónimo de Bento 16, é capaz de ir ao Inferno buscar o bispo Lefebvre para onde a excomunhão – se alguém acreditasse na alma e em excomunhões –, o devia ter enviado, e devolvê-lo ao Paraíso enquanto lhe encomenda um milagre para o colocar nos altares da tenebrosa seita que fundou.

Não se pense, porém, que foi o nazismo que o moldou, que o converteu no feroz anti-semita que cria e reabilita bispos que negam o Holocausto e semeiam a superstição. B16 é um intelectual que conhece a história da ICAR e descobriu na Bíblia o apoio para o seu anti-semitismo, a mesma Bíblia que deu origem ao cristianismo e à demência da ideologia nazi.

B16 sabe que Cristo era judeu e viveu dos milagres e da pregação – ocupação frequente naquele tempo. Sabe que foi Paulo de Tarso que fez a cisão do judaísmo e que, como todos os trânsfugas, se virou contra o judaísmo. O cristianismo transformou o assunto interno do judaísmo numa tragédia deicida que fomenta o ódio e o racismo.

Adenda: Este padre não foi excomungado.