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Vaticano – Contributo de um leitor

O Vaticano é um estado curioso. Resultou dum acordo com (um tratado…) entre um ditador e um teocrata que governava um estado fictício. Tem uma população muito reduzida com predomínio, ao que julgo, de homens de idade provecta.

Caracteriza-se também por uma baixa natalidade (certamente a menor natalidade em todo o mundo!), não necessitando de maternidades nem creches e muito menos escolas preliminares. Assim a especialidade médica mais requisitada será a geriatria.

Apesar de tudo o seu território é um pequeno quarteirão tendo um exército muito peculiar à guisa de polícia decorativa.
É uma ditadura (teocracia) que representa o império ou reino divino meio temporal e algo, convencionalmente, espiritual.

A sua indústria é também peculiar no meio de todas estas subtilezas artificiais vendendo-se todo o tipo de amuletos, medalhas, medalhões, santas e santos, bulas e isenções, viáticos e “consolos” sabiamente abençoados.
A substituição do quadro directivo é igualmente inédito noutros paralelos com fumaças escuras ou brancas num código que só os índios americanos aperfeiçoaram com requintes… Também é dito, veladamente, que alguns venenos contribuem para encurtar o reinado se o chefe é incómodo.

Mais curioso ainda é que vende ou aufere prebendas de prelados e de outros numa autêntica cadeia de vassalagens nesse estado nobiliárquico cheio de requintes que se estende e imiscui por todos os cantos (no ocidente) constituindo-se, paralelamente, como o estado com um sistema de informações complexo e sendo um misto de estado policial e secreto.

Consegue superar as crises económicas possuindo, segundo alguns “experts”, uma vastíssima carteira de acções com muitos especialistas em especulação financeira e nalguns casos peritos também em falências fraudulentas.

Enfim, num resumo, não se podem fazer muitos mais elogios.
Se bem que muito rentável, explorando sobretudo outros estados empobrecidos ou de gente pobre, consta que os seus adeptos têm-se reduzido em número e fanatismo tendo-se erradicado algumas práticas que constituíam espectáculos gratuitos e muito pios como as execuções na fogueira (autos de fé!) e outras não menos repugnantes passadas nas masmorras execrandas. Referências a não esquecer.

a) Guilherme T.