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Porque não sou um cristão cultural

Nenhum dos autores do Diário Ateísta é cristão, no sentido rigoroso do termo: acreditar que «Jesus Cristo» foi a encarnação de «Deus». (Se acreditássemos na divindade de «Cristo», seríamos crentes, como é óbvio!) Mas eu também não sou cristão no sentido cultural, de considerar «Cristo» o maior pensador da história da humanidade, ou de considerar o cristianismo o melhor dos sistemas éticos. Pelo contrário, falta-me na cultura cristã uma defesa clara da liberdade, da tolerância para com aqueles que não seguem o caminho de «Cristo», e da igualdade independentemente das crenças. Mais. Consigo facilmente pensar numa dezena de pensadores que são mais importantes para mim: Voltaire, Thomas Paine, Robert Green Ingersoll, Antero de Quental, Tomás da Fonseca, Albert Camus, Bertrand Russell, Carl Sagan, Richard Dawkins, Henri Peña-Ruiz.

Há ainda um outro sentido, biográfico, em que não me posso considerar um cristão cultural: não fui baptizado, nunca pertenci a nenhuma igreja cristã. Num sentido muito preciso, posso dizer que nunca fui cristão.