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  • 29 de Abril, 2009
  • Por Carlos Esperança
  • Religiões

As religiões e a verdade

As Igrejas têm uma relação difícil com a verdade e uma aversão visceral à liberdade. Com a mesma desfaçatez com que garantem as conversas de deus com os profetas, juram que são vontade do mito, que os homens inventaram, os interditos que impõem aos crentes e o proselitismo com que querem globalizar os seus medos, mentiras e interesses.

Um Papa garante com o descaramento de outro marginal a vontade de um deus que sabe ter sido criado pelos homens para proveito dos seus padres e bispos.

Um aiatola excita-se com as lapidações de mulheres e decapitações de infiéis, não porque acredite que o seu alá se baba de gozo com as macabras manifestações mas pelo poder que conferem aos dignitários islâmicos.

Muitos profetas e santos doutores fizeram carreira de santidade e de sabedoria porque, no seu tempo, não era possível fazer o diagnóstico diferencial entre um eremita e um deprimido ou entre um idiota e um místico.

As religiões não passariam de uma manifestação de exotismo se não fossem prosélitas e detonadoras de guerras. Assim, são um perigo  que não se limita a odiar os porcos ou a adorar vacas, mas um instrumento de poder contra a paz e a liberdade, organizações que transformam cidadãos, pelo medo, em beatos, tímidos e idiotas.