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Há investimentos melhores e piores

José Maria Aznar, ex-primeiro-ministro espanhol, detém a mais alta condecoração dos EUA, à semelhança de Nelson Mandela ou Winston Churchill.

A distinção não se deve apenas – como se pensou – ao entusiasmo posto na invasão do Iraque pelo antigo simpatizante franquista, líder do PP, com ligações ao Opus Dei.

O seu Governo deu mais de um milhão e meio de euros a um escritório americano de advogados para fazer lóbi, nos EUA – um investimento modesto e excelente, que transformaria um papa-hóstias num governante respeitado.

O problema foi ter-se sabido da tramóia, que está a ser divulgada em todo o mundo. Em Portugal vem hoje na Visão.

O Opus Dei investiu mais, mas de forma mais rentável, para passar a «prelatura pessoal» de JP2.

A transferência de quase mil milhões de dólares para o IOR (Instituto das Obras Religiosas, piedoso nome sob o qual se disfarça o Banco do Vaticano), evitou a bancarrota e a vergonha associada às operações fraudulentas com o Banco Ambrosiano, de Roberto Calvi, amigo do peito e da missa deste Papa.

Como benefício suplementar (mil milhões de dólares dá para comprar Deus, quanto mais o papa) foram imediatamente encomendados milagres para quando se finasse Josemaria Escrivá, fundador da seita, a fim de ser canonizado em tempo recorde, excedendo todos os limites de velocidade canónicos.