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Remodelação no Vaticano

O primeiro-ministro espanhol, Rodriguez Zapatero, pode ter sido o responsável indirecto pela rápida substituição de Joaquín Navarro-Valls pelo jesuíta Federico Lombardi.

A aleivosia, falsa, de que Zapatero era o único chefe de Governo que tinha faltado à missa do Papa pode ter apressado a saída do eterno porta-voz do Vaticano formatado nas pias leituras do «Camino» com que Santo Escrivá transformou pessoas normais em prosélitos dementes.

Pode concluir-se que a Companhia de Jesus foi reabilitada e o Opus Dei perde um lugar de grande prestígio e enorme influência no Politburo da fé católica. A substituição, que acabaria por acontecer, foi antecipada.

Haverá menos cilícios para mortificar a carne no piedoso bairro onde B16 é o regedor vitalício e todo-poderoso. Não faltarão jesuítas de todos os quadrantes políticos para assessores do Sapatinhos Vermelhos.

Para uma visão retrógrada e intolerante da sociedade basta B16. A sombra tutelar do Opus Dei no antro do Vaticano era redundante.