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A ICAR é um laboratório…

A ICAR é um laboratório onde não faltam teopatas à espera de psicanálise. Compreendo os padres cujos traumas e conflitos sexuais estão na base da insegurança íntima que os arrasta para a violência e intolerância com que pregam os castigos do seu Deus.

Percebo pior os devotos que vão à missa convencidos de que a farinha se transforma em rodelas de Cristo e não descortinam na acidez gástrica o efeito conjugado do jejum e do ódio. Acabam alucinados por um placebo como se de puro alcalóide se tratasse.

Deus é um subproduto dos medos e rancores dos homens. Os timoratos veneram-no como eles próprios gostariam de ser adorados; receiam-no como desejariam fazer-se temer e tentam suborná-lo como se existisse e fosse tão venal.

No meu tempo de criança o padre rezava pelos «pérfidos judeus» e pedia a Deus Nosso Senhor que rasgasse o véu que os impedia de ver, para que também eles pudessem reconhecer Nosso Senhor Jesus Cristo. Quando João XXIII acabou com a manifestação de anti-semitismo primário já eu estava livre da missa, das velas e da água benta.

Nessa altura já eu sabia que Pio IX rejeitara como «erro» a noção de que «o Pontífice de Roma pode, e deve, resignar-se e chegar a um acordo com o progresso, o liberalismo e a civilização moderna» (Enc. Quanta Cura). Só não previa que o patife, a quem se deve o dogma da infalibilidade, consumaria 1 milagre pela mão de um falsário polaco – JP2.

O Papa que nessa encíclica designava por «sinagoga de Satanás» o local de culto dos judeus, nome que a Bíblia regista, só podia ser um anti-semita violento. Mas alguém pode negar o conteúdo anti-semita do Novo Testamento? Quem estranha, pois, o apoio da ICAR ao nazismo e regimes seus aliados – Itália, Vichy, Eslováquia, Croácia, etc.?

A alienação da fé e o temor de Deus transformam homens tímidos e bondosos em rancorosos e prosélitos. Surpreende ver pessoas cultas e inteligentes – temos provas nos nossos leitores -, possuídas por Rätzingerolatria uma síndroma virulenta para a qual não se conhece antídoto.

O ateísmo confia no avanço científico com as células estaminais.