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Os demónios do cristianismo

Um dos mais procurados assassinos em série americanos, que aterrorizava há mais de 30 anos a cidade Wichita, o tristemente célebre BTK, acrónimo de bind, torture and kill (amarrar, torturar e matar), finalmente identificado e capturado em Fevereiro último declarou-se culpado de 10 acusações de assassínio durante o julgamento que decorre num tribunal de Wichita, Kansas.

De acordo com o próprio, cristão devoto que foi até à sua prisão um respeitado e empenhado membro de uma igreja luterana, da qual foi presidente do conselho, para além de ser um dirigente dos escuteiros locais, o culpado dos assassínios que cometeu foi um membro das cortes infernais que o possuiu.

O depoimento de Rader chocou e enojou os presentes no tribunal e todos os que acompanhavam o julgamento no peqeuno ecrán com a sua descrição asséptica e pormenorizada de como levou a cabo cada um dos seus macabros «projectos», nomeadamente quando confessou que cometia os assassinatos por motivos sexuais. Contando sem emoção como despiu uma das suas vítimas e fotografou o seu corpo nu e sem vida. Ou como depois de ter assassinado os pais e irmão de uma menina de 11 anos, uma das suas primeiras vítimas, a pendurou e se masturbou com a visão.

Rader declarou que « Eu apenas sei que existe um lado escuro em mim. Pessoalmente penso que – e sei que não é muito cristão – mas na realidade penso que é um demónio que está dentro de mim… Em alguma ponto e tempo entrou em mim quando eu era muito novo». Rader afirmou ainda que os seus problemas de possessão demoníaca começaram na escola quando as suas fantasias sexuais eram «apenas um pouco mais estranhas» que as das outras pessoas.

Mais um caso que evidencia o efeito pernicioso da religião, neste caso sobre o desenvolvimento de uma sexualidade saudável. Provavelmente essas fantasias sexuais, certamente pecados para os cristãos mui obsecados com a sexualidade, seriam francamente mais inofensivas que os assassínios a que a sua repressão, igualmente por recomendação «cristã», despoletou. As suas vítimas estariam hoje vivas não fora a morbidez religiosa em relação ao sexo, à semelhança do devoto Rader!