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Bento XVI reduz a produção milagreira

Após uma inflação de beatos e santos que o defunto JP2 tinha o vício de proclamar, (1388 dos primeiros e 482 dos últimos), o novo monarca absoluto e vitalício, Bento XVI (B16), já deu sinais de abrandar o fabrico, apesar dos prejuízos em emolumentos para o Vaticano.

A actual Santidade vai mesmo prejudicar os candidatos nacionais, apesar de o director de fabrico, encarregado da Congregação para a Causa dos Santos (CCS) ser português – o cardeal Saraiva Martins.

Parece estar em perigo a canonização de Nuno Álvares Pereira cuja santidade é certa, mas a magreza do milagre que obrou – a cura do olho esquerdo de uma mulher de Ourém, queimado a fritar peixe com óleo – não é milagre à altura de quem se fartou de matar castelhanos.

Até o milagre que o ingénuo JP2 julgou ser para ele – o 3.º segredo de Fátima que Wojtyla acreditou estar relacionado com profecias divinas – é considerado por B16 uma mera «revelação privada», que em linguagem profana e popular deve ser entendido como uma vidência de alguém que não regula bem da cabeça.

Segundo o «Público» de ontem (site indisponível), pg. 22, «após as duas beatificações do passado dia 14, está já a trabalhar uma comissão que irá estabelecer critérios mais rigorosos sobre o modo de proceder daqui para a frente».

Até parece que não eram exigentes os critérios anteriores. É como se alguém duvidasse dos atestados médicos que confirmaram os milagres anteriores, como se os portugueses duvidassem dos atestados dos professores de Bragança que foram colocados longe de casa ou da epidemia, que os médicos atestaram, que atingiu os alunos de Guimarães em véspera da segunda chamada de exames.

Esta sociedade moderna tem pouca fé e B16 parece estar contaminado.