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Filipinas

Um país de mais de 7 mil ilhas de insânia e catolicismo primitivo

O insólito acentua-se e a democracia não o impede. Rodrigo Duterte, o novo presidente das Filipinas, tomou posse e, numa das primeiras declarações, incita o povo a matar os toxicodependentes. A sanidade mental deixou de ser obrigatória para o cargo.

Aos 71 anos, o déspota chegou à presidência do país, de 100 milhões de habitantes, com a promessa de ser ‘ditador’ e ‘chacinar os maus’, se necessário com execuções sumárias e esquadrões da morte. O implacável delinquente afirmou na campanha: «As funerárias vão ficar repletas». «Eu levo os cadáveres».

Deve à frequência de colégios católicos a esmerada formação cultural, mas as violações de que foi vítima, por um padre pedófilo americano, marcaram seguramente o carácter violento que é seu apanágio desde a juventude.

Rodrigo Duterte foi acusado de ter conduzido, durante mais de 20 anos, uma campanha de execuções extrajudiciais, quando presidente da cidade Davao e prometeu aplicar em Manila a sanguinária gestão autárquica.

As razões que o teriam levado à cadeia, num país civilizado, por incitamento ao crime, garantiram-lhe a eleição numa república presidencialista de um país medieval.

Organizações de direitos humanos responsabilizam Duterte por mais de 1700 execuções sumárias, enquanto autarca. Quantas serão no mandato de seis anos que ora inicia com o apelo ao povo para exterminar os toxicodependentes? O fascismo mostra a sua face num país onde os jovens se fazem crucificar em manifestação de fé.

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