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  • 25 de Maio, 2015
  • Por Carlos Esperança
  • Vaticano

A beatificação do bispo salvadorenho Óscar Romero

O Papa Francisco, ao beatificar, sem recorrer à invenção de um milagre, Óscar Romero, assassinado durante a missa por um esquadrão de extrema-direita, tomou uma corajosa decisão e fez justiça a um defensor dos direitos humanos, mártir da liberdade.

Corre riscos, tal como Óscar Romero, mas a sua decisão ficará na História para redimir o passado do Vaticano, cúmplice das ditaduras e com posições do lado errado da vida e da História.

Ao honrar um defensor dos direitos humanos não prova a existência de Deus mas demonstra a enorme coragem de que um homem de bem é capaz.

Óscar Romero deu a vida pelos pobres na luta pelos direitos humanos. O bispo ostracizado por João Paulo II, amigo de todos os ditadores de direita, é agora homenageado a título póstumo. É pena que tenha a companhia de madre Teresa de Calcutá mas a multinacional da fé precisa de satisfazer várias clientelas.