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Enquanto houver Estado não haverá razão para fome

Por

Kavkaz

O Presidente da União das Misericórdias Portuguesas, o bispo Manuel Lemos, afirma que as Misericórdias estão prontas para apoiar as pessoas carenciadas e que não haverá fome enquanto o Estado cumprir os seus compromissos financeiros.

“É preciso dizer às pessoas: ‘Vão buscar os alimentos! Vão buscar a comida!'”, sublinha o bispo Manuel Lemos.

O Estado português é, reconhecidamente, o garante do sustento das Misericórdias. Sem o Estado não haverá deuses a enviar maná do céu para os necessitados. Estes morrerão de fome. Deus não se preocupará. Mas também sabemos que os deuses não existem.

Historicamente, o Estado português tem delegado a instituições privadas muitos cuidados às pessoas desfavorecidas. Penso que o Estado poderia organizar-se e trabalhar mais. Com menos custos produziria mais e melhores tarefas que, por moleza e preguiça, descarta para organizações privadas. Estas gerem como entendem o dinheiro do Estado, de todos os contribuintes.

Já “Deus” não dá qualquer contributo para as contas das Misericórdias. Nem que os crentes rezem o ano inteiro! Enquanto houver Estado não há razão para fome, segundo se conclui das palavras do bispo. Se o Estado falhar não haverá “Deus” nem Misericórdias para salvar os pobres.