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As pombas do papa

Ao que parece, duas pombas brancas, “símbolo da paz”, recusaram-se a levantar voo da janela onde Ratzinger perorava, como de costume. As pombas iriam encerrar, simbolicamente, o “mês da paz”, que é o mês de Janeiro. É, também, o mês de os gatos tentarem a procriação, para quem não saiba.

As pombas, ao recusar o “take-off”, mostraram mais inteligência e sentido da realidade do que o patético papa. “Mês da paz”? Paz, onde? Provavelmente no Afeganistão… Talvez no Iraque… Etc. E se as pombas levantassem voo, já haveria paz? Como? Já sabemos que as pombas são aves terríveis, capazes, até, de engravidar mulheres; mas duvido que façam falir as fábricas de armamento.

Espera aí, o rapaz referiu-se à paz “no mundo”. Deve ter copiado a expressão de um livro que diz que Satanás mostrou “todos os reinos do mundo”. Assim, já se compreende: para Ratzinger, o “mundo” resume-se à Praça de S. Pedro.

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