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  • 2 de Dezembro, 2011
  • Por Carlos Esperança
  • Humor

O COMBATE DE SANTA HILDEGARDA CONTRA O RISO

Hildegarda de Bingen, freira, viveu de 1098 a 1179, no que é hoje a Alemanha.

Naturalmente, o seu modo de pensar era característico daquela época, a Idade Média.

Era inimiga do riso. É herdeira de uma corrente de pensamento cristão que sempre diabolizou o riso. Na Idade Média esta corrente foi sempre minoritária.

Tinha uma delicada saúde. Quando adoeceu foi objecto de troça. Pretendeu impor uma reforma austera à ordem a que pertencia. As freiras enfrentaram-na com uma resistência maliciosa. Corria a sua alcunha de velha encarquilhada.

Hildegarda atribuiu os escárnios ao demónio que tomava conta das pessoas. Considerava o riso diabólico e com raízes no baixo, nas partes desagradáveis e vergonhosas do corpo. O riso era como uma bexiga sacudida em todos os sentidos pelo ar que dele escapa.

O homem que ri era como um membro viril a ejacular aos sacões, o corpo era sacudido pelo riso do mesmo modo que pelos mesmos movimentos da copulação e, no momento do máximo gozo, o riso fazia jorrar lágrimas como do membro viril jorrava a esperma.

Achava que esse louco regozijo não existia antes do pecado original. Então, não se via nem riso nem gargalhadas, apenas a voz das alegrias supremas. Era fruto do pecado, como a sexualidade.

Era como o peido: um vento que parte do âmago, percorre o fígado, o baço e entre-pernas e provoca sons incoerentes, semelhantes a balidos. Rebaixa o homem a nível da besta, fere-lhe o baço, molesta-lhe o fígado e cria uma total perturbação dos humores. Seca os pulmões e arruína a saúde.

No caso de riso mais louco recomenda uma beberagem com noz-moscada, açúcar e vinho quente.

 

Ao menos, não tem papas na língua e… Sabia do mundo… É uma santa que errou, mas… Está perdoada…

De História do Riso

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