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  • 9 de Novembro, 2010
  • Por Carlos Esperança
  • Humor

A solidão do ateísmo

Por

Abraão Loureiro

É isto que imaginam todos os que se dizem crentes em deus. E porquê?
Na verdade eles estão embrenhados no folclore das sessões religiosas. Acham que a música nasceu para dar graças quando afinal ela foi introduzida para dar um ar de graça na monotonia dos cultos.
Músicos foram pagos para comporem peças a introduzir nos entretantos das leituras, sermões, das curvas corporais, do senta, levanta e ajoelha.

A necessidade de criar algo apelativo chamou a música para criar um ambiente diferente do monocórdico coro das palavras ditas. Ficou mais bonitinho quando optaram por instrumentistas tocando juntamente com vozes cristalinas e afinadas. Dois serviços pelo preço de um atrai mais clientes.
A música embala e embalou muitos que talvez dessem mais atenção à música do que às palavras dos sacerdotes.
Sem dúvida que uma musiquinha ambiente melhora o serviço. Eu que o diga.

Essas pessoas pensam que nós somos carrancudos, anti-sociais, que não gostamos de praia e banhos de sol porque nunca viram uma tabuleta anunciando um convívio semanal de descrentes num edifício construído especificamente para o efeito.
Assim os leva a pensar que somos uns bichinhos do mato e só servimos para chatear os coitados.
Tirem isso da cabeça. Somos alegres, bem dispostos, sem medos de represálias celestiais. Nada melhor que viver sem grilhões e obediências a leis estúpidas e maléficas.

Mas em abono da verdade vos digo, o DA seria um marasmo se os crentes não aparecessem com os seus comentários. É que faz parte do nosso gozo acirrar as vossas mentes. Se não fosse verdade, só os ateus comentariam. Vejam bem a vantagem da liberdade de expressão! Pelo contrário, nos sites religiosos onde essa liberdade não existe não há alegria porque falta o troca-troca (não confundir com o truca-truca).
Pensem quantos momentos lindos de gargalhadas já tiveram ao ouvirem os nossos actores humorísticos. Nesses momentos vocês esquecem que os gajos são ateus, né?
Um padre, um pastor e um rabino numa determinada hora conversam sobre dízimos.

E o padre comenta: Eu faço um círculo no chão, jogo o dinheiro para cima, o que cai dentro do círculo é da igreja, o que cai fora é meu.

O pastor: Uso o mesmo método, porém o que cai dentro é meu.

O rabino: Eu jogo o dinheiro para cima, o que Deus apanhar é dele…

Vejam como somos divertidos.