Loading
  • 30 de Setembro, 2008
  • Por Carlos Esperança
  • Religiões

Feliz Ano-Novo à moda dos judeus

Por

Kavkaz

Na noite de hoje para amanhã, dia 30 de Setembro, segundo o calendário judaico, comemora-se os 5.679 anos do final da criação do Mundo e da modelação do Adão, o primeiro e único homem feito a partir do pó e que se mexeu com um assopro de “Deus”, como relata o “Génesis”. A festa do “Rosh a-Shona” (início do ano, na língua hebraica), diz a tradição, marca o destino das pessoas para o ano inteiro. Os judeus religiosos cumprimentam-se uns aos outros, acendem velas festivas e lêem a oração do ano.

Na culinária os crentes judeus comem na noite de hoje maçãs com mel e desejam uns aos outros um “bom e doce Ano-Novo”. Na mesa do jantar é tradição estar presente uma cabeça de peixe, romãs, saladas de cenoura, beterraba e outras, hambúrgueres, salsichas, o tradicional kebab, burekas, com batatas, peixe gefilte, pão, sumo de uva, bebidas sem álcool e outros. A salada de cenoura deve ser doce, um sinal de fé de que as decisões de “Deus” serão doces.

No primeiro e segundo dias do ano os crentes judeus reúnem-se durante a tarde junto das águas, rezam, reviram os bolsos das calças e os cantos das roupas, onde geralmente se encontram migalhas ou sujidade, o que simboliza o desejo de limparem todos os seus “pecados” e entrar no Ano Novo com desejos puros.

O Ano-Novo judeu trará a saída do Presidente Olmert com acusações de corrupção. Ele, em jeito de despedida, foi muito sincero aos jornalistas, que publicaram hoje a opinião dele, ao dizer que Israel deveria ceder territórios em todas as frentes, à Síria e aos palestinianos, incluindo Jerusalém Ocidental, para conseguirem alcançar uma paz duradoura. É o reconhecimento doloroso das anexações indevidas na guerra de há 40 anos atrás. É no que dá os crentes acreditarem na “Bíblia” e esta mencionar uma “terra prometida”, esquecendo-se de indicar as fronteiras. Um erro de “Deus”!