Loading

Diário Ateísta

Apesar dos ataques que atingiram o Diário Ateísta ele aí está, em condições mínimas, para celebrar, dentro de alguns meses, cinco anos de vida.

Hoje são mais elegantes, na gramática e nas críticas, os crentes que nos visitam. Pelos crentes temos a consideração que sempre nos merecem as pessoas, independentemente da sua religião, origem, sexo ou opções ideológicas. Já as crenças, sem demonstração dos factos, merecem-nos desprezo.

Como poderíamos levar a sério, sem perda da razão, crenças que obrigam as pessoas a viajar de joelhos ou a rastejar para agradar ao deus que os homens criaram? Os homens vivem bem sem deus, basta haver um que lhe seja indiferente. Deus só existe enquanto houver homens capazes de morrer e matar por ele. É a irracionalidade, no seu máximo esplendor, que mantém vivos os mitos.

Quando se pede a um deus a cura da doença que, segundo os crentes, tinha poder para evitar, ou é maléfico o deus ou são insensatos os créus. Deus é uma criação humana que os clérigos converteram em negócio. Daí não viria mal ao mundo se as sotainas não se organizassem para a conquista do poder, se não fanatizassem crianças, se não lutassem contra os deuses dos outros ou contra quem não precisa dele.

Que diferença há hoje entre os meninos guerreiros de África, os jovens enlouquecidos pela fé nas madraças islâmicas ou as crianças que um Papa sacrificou na Cruzada dos Inocentes?

A Associação Ateísta Portuguesa recusa a inscrição a menores de idade. Há alguma religião que recuse a iniciação a uma criança de fraldas?

Carlos Esperança