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Tarcísio Bertone – um talibã católico

O cardeal Tarcisio Bertone aproveitou o 90.º aniversário do embuste católico contra a República para apelar à «rebelião» dos cristãos.

Apesar de o tema já ter sido tratado pelos meus companheiros, Ricardo Silvestre e Ricardo Carvalho, quero também deixar algumas considerações no Diário Ateísta.

O cardeal Tarcisio Bertone é o secretário de Estado do Vaticano, um feudo totalitário, governado por um autocrata sem pergaminhos democráticos nem o mais leve sentido de tolerância – Bento 16. No Vaticano, Bertone está para o Papa como no Irão Mahmoud Ahmadinejad está para o ayatollah Ali Khamenei. O primeiro é o presidente virtual mas este último é o líder espiritual e o verdadeiro detentor do poder.

Nas teocracias todos rastejam em torno do déspota divino como as moscas à volta do seu alimento preferido. Mas, se na ditadura das sotainas são permitidos os atropelos à liberdade e os actos ignaros dos seus dignitários, exige-se aos biltres que respeitem os países que os acolhem.

O cardeal Bertone, uma santa alimária, cheia de hóstias e de ódio, não pode incitar os peregrinos da nova casa de alterne da fé católica a rebelarem-se contra o laicismo que lhe permite grunhir insultos à democracia e exaltar os desvarios da vontade divina.

A ICAR suspende um padre por se declarar homossexual, num acto de coragem que faltou a vários Papas, e os prelados que apoiaram Franco, Hitler, Salazar e Mussolini foram abençoados e, alguns, (Escrivá, por exemplo) canonizados.

Bertone é um mero ventríloquo do déspota que usa as orelhas sob a tiara, mas não pode incitar à rebelião os cidadãos do país que quer reconduzir a protectorado do Vaticano.

O estímulo à rebelião, ao jeito da demência islâmica que os clérigos católicos apreciam, é um acto criminoso que cai sob a alçada do código penal e um acto de desrespeito pela Constituição do País que lhe permitiu ganir latim e latir ódio pio.