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A santidade do Opus Dei

O Opus Dei é uma instituição que busca a perfeição espiritual dos seus membros e a satisfação da vontade divina.

Acontece, às vezes, que a vocação para a política e para o sector financeiro extravase a necessidade de salvação da alma e comprometa a imagem dos seus membros.

Os jejuns, as orações e os cilícios não ocupam todo o tempo destinado à santidade. Foi isso que permitiu ao virtuoso Escrivá apoiar o franquismo sem se esquecer, certamente, de rezar por mais de 900 mil espanhóis assassinados ou deportados pela ditadura.

O virtuoso monsenhor, que já em vida revelou odor a santidade, sentido por pituitárias pias, seria canonizado por João Paulo II, o Papa com maior faro para milagres e o mais dedicado a criar santos.

Claro que o Opus Dei teve percalços. Os casos Rumasa e Matesa são nódoas que caíram no pano impoluto da Obra, falências fraudulentas que os inimigos de Deus aproveitaram para denegrir a santa prelatura. Mais tarde a falência fraudulenta do Banco Ambrosiano salpicaria o Opus Dei e as autoridades italianas quiseram julgar o arcebispo Marcinkus, valendo a bondade de JP2 que não consentiu a extradição e impediu a investigação dos crimes.

Era o que faltava, enxovalhar nos tribunais a Obra que subsidiou o Solidariedade e que a única coisa que não consegue do Céu é que lhe mande dinheiro.

O Supremo Tribunal Suíço, localizado em Lausana, caracterizou, numa sentença, o Opus Dei como «associação secreta» que actua «ocultamente» com um máximo de opacidade nos seus assuntos.*

Coisas de juízes terrenos, que desconhecem a transparência do Opus Dei erm relação a Deus.

* O Mundo Secreto do Opus Dei – Robert Hutchison (pg. 450)

Portugal – Um falhanço da Opus Dei