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Jeová

Deus não é uma anedota, é uma piada de mau gosto. Pior, é um pretexto para a humanidade se digladiar enquanto, à sua custa, multidões de parasitas lhe interpretam a vontade e a impõem a ferro e fogo.

Sendo Deus criado pelo homens, nem sequer pelos melhores, não podia sair obra asseada. Foi, contudo, nas religiões monoteístas que Deus se tornou a síntese do pior que os homens sabem com o mais execrável que só deus pode.

É um Deus violento, vingativo, criador do Céu e do Inferno (o primeiro para quem os clérigos querem e o segundo para os outros).

Jeová, o Padre Eterno, ditou um livro em várias versões e fez de Moisés, Jesus e Maomé almocreves da sua vontade. Ditou-lhes cópias diferentes para confundir e pôr os crentes a afeiçoar a prosa e impô-la à bordoada.

Constantino, um biltre cruel, praticou uma política sistemática de erradicação da diferença cultural e encomendou a Eusébio de Cesareia que organizasse um conjunto minimamente coerente das 27 versões dos Evangelhos que hoje são vendidos (4) com o nome de Novo Testamento (primeira metade do séc. IV). Mesmo assim, só em 1546, no Concílio de Trento, foi aprovada a mentira definitiva.

Teodósio fez do cristianismo religião de Estado em 380 e, finalmente, Justiniano endureceu a legislação cristã contra a heterodoxia.

No islão houve um tal Marwan, governador de Medina, que, para garantir a autoridade do Corão, mandou recolher e, depois, queimar as versões existentes, guardando uma única para evitar confrontações históricas.

A Tora também levou séculos a tornar-se a versão definitiva.

Um dia o Humanismo despertou o Renascimento e desenterrou a cultura greco-romana esmagada pelo cristianismo. O movimento, que começou nas artes, alargou à ciência e à literatura e, em breve, influenciou o pensamento que rompeu com o obscurantismo clerical.

O iluminismo triunfou sobre o dogma e a Revolução Francesa empurrou as hóstias e o clero para a sacristia.

Foi assim que a laicidade fez caminho e, com ela, as democracias.

A Reforma fora um golpe no papado desacreditado e violento que usava o medo para impor a fé. Ainda recorreu à contra-reforma. Era tarde, a liberdade já estava em marcha.

As sotainas estão de volta. Atenção livres-pensadores.

Perfil de Autor

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- Ex-Presidente da Direcção da Associação Ateísta Portuguesa

- Sócio fundador da Associação República e laicidade;

- Sócio da Associação 25 de Abril

- Vice-Presidente da Direcção da Delegação Centro da A25A;

- Sócio dos Bombeiros Voluntários de Almeida

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- Colaborador do Jornal do Fundão;

- Colunista do mensário de Almeida «Praça Alta»

- Colunista do semanário «O Despertar» - Coimbra:

- Autor do livro «Pedras Soltas» e de diversos textos em jornais, revistas, brochuras e catálogos;

- Sócio N.º 1177 da Associação Portuguesa de Escritores

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