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Impacto profundo


Um tribunal de Moscovo começou a audição de um caso no mínimo sui generis: um caso em que a queixosa é uma astróloga russa, Marina Bai, e o réu a NASA. A charlatã astróloga pretende que a experiência levada a cabo pela agência espacial americana em 4 de Julho, que envolveu a colisão de uma sonda com o cometa Tempel 1, interferiu com a sua vida espiritual e com o seu sistema de valores. A charlatã astróloga pretende uma indemnização de 300 milhões de dólares já que para além dos consideráveis danos espirituais para a queixosa e dos danos cometidos em relação à «vida elementar» do cosmos perturbando assim o balanço de forças no Universo, a NASA alterou o horóscopo de Bai.

«É óbvio que elementos da órbita do cometa e correspondentemente do periélio, serão alterados depois da explosão o que interfere com o meu trabalho de astrologia e distorce o meu horóscopo» afirmou há uns tempos Marina Bai.

Haja tolerância para crendices obscurantistas sejam elas astrológicas ou exorcistas mas há limites para os anacronismos «espirituais» de uns quantos fanáticos oportunistas! Considero aberrante que semelhante disparate tenha sequer chegado às salas de qualquer tribunal mas espero, para bem da humanidade, que o veredicto neste caso seja liminar: esta acção é completamente absurda!