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Terrorismo religioso

11 de Julho de 2005  |  Escrito por Carlos Esperança  |  Publicado em Não categorizado  |  Comentar

Os assassinos de Deus não são um epifenómeno islâmico. O crime é o corolário de uma fé radical, insere-se na matriz genética dos esfomeados do Paraíso.

Pode alertar-se os cidadãos para ideias deletérias, objectivos perversos e execráveis representantes de um determinado partido político ou de uma corrente filosófica, mas é difícil advertir os crentes da falsidade do seu livro sagrado, da maldade dos seus ensinamentos ou da demência dos seus clérigos.

Os verdadeiros criminosos não são os beatos que morrem matando, são os clérigos que exaltam as virtudes do seu Deus e exultam com os crimes dos seus crentes.

Os partidos políticos e os movimentos ideológicos que apelam à violência, ao racismo e ao crime caem sob a alçada da lei e sujeitam-se ao veredicto judicial. A ETA foi ilegalizada em Espanha, as Brigadas Revolucionárias interditas em Portugal, as Brigadas Vermelhas banidas em Itália.

As religiões que fanatizam crentes, semeiam ódios e alimentam o terrorismo, encontram sempre quem lhes ache virtudes e veja nos erros da interpretação a origem dos crimes.

As Cruzadas e a Inquisição resultaram da falsa interpretação da Bíblia; os massacres islâmicos devem-se à deficiente compreensão do Corão; a ocupação da Palestina baseia-se na leitura apressada da Tora. Tudo isto é absolutamente falso.

E os homens, vítimas de Deus, joguetes do clero, hão-de continuar a carregar a palavra revelada a boçais iluminados por deuses cuja origem se deve ao pior que os homens eram no tempo em que tais deuses criaram?

Se Deus se comporta mal é preciso bani-lo das sociedades onde a tolerância, a liberdade e a diversidade ideológica se tornaram paradigmas, contra a vontade do clero e perante o desespero dos famintos de Deus.

Perante a barbárie do terrorismo religioso não podemos concluir que há uma guerra de civilizações. Há, sim, um ataque sistemático e desesperado contra a civilização.

A urgência em pôr cobro ao terror obriga a que as religiões (todas) sejam tratadas como qualquer outra organização ou empresa.

 

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