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Oriana Fallaci

Um juiz italiano pretende julgar Oriana Fallaci, conhecida jornalista que vive actualmente em Nona York, por difamação do Islão, para gáudio dos islamistas, em geral, e dos mullahs, em particular.

O juiz acusa o seu livro «A força da razão», de 2004, de incitamento ao ódio religioso pois a autora escreveu que o islão «semeia o ódio no lugar do amor e escravidão no lugar da liberdade».

O juiz António Grasso, de Bérgamo, considera que algumas palavras da jornalista são «sem dúvida ofensivas para o islão e para os que praticam essa fé».

O Juiz tem toda a razão. Eu li o livro e verifiquei que Oriana Fallaci ofendeu o islão. Conta a forma demente como a mulher é tratada nos países islâmicos, fala do ódio que o Corão prega, reproduz os abjectos ensinamentos e corrobora tudo o que sabemos sobre o desrespeito do islão pelas mais elementares liberdades e pelos direitos mais sagrados da democracia.

Porventura o islão não ofende a razão e a liberdade? Acaso os clérigos muçulmanos estão disponíveis para abdicarem da pena de morte em relação à apostasia, à blasfémia e ao adultério? Reconhece o islão o direito à liberdade e à democracia? Não é, por acaso, o Corão o instrumento do ódio aos infiéis, da repressão das mulheres e da alienação dos crentes?

A simples tentativa de julgar quem denuncia a iniquidade de uma forma vigorosa é uma ofensa à liberdade, uma perversão da democracia, um atentado contra a civilização.

O multiculturalismo, desejável e louvável, tem de terminar onde começam os direitos consagrados pela Declaração Universal dos Direitos do Homem. Proceder de forma diferente é regressar à barbárie, abrir o caminho à substituição da democracia pela loucura teocrática, substituir o sistema representativo, que resulta de eleições livres, pelas determinações dos livros sagrados. É, em suma, substituir os defeitos dos homens pela loucura de Deus.

Fonte da notícia: Público de 27-05-2005