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Lágrimas de crocodilo

O enviado de João Paulo II a Auschwitz, Cardeal Jean-Marie Lustiger, lembrou as posições do Papa contra o anti-semitismo, de forma especial «por parte dos cristãos» – diz a Agência Ecclesia.

Vamos desmascarar o tartufo enquanto o islão afirma o seu ódio sem preconceitos.

O sionismo agressivo e expansionista, a funcionar como demência simétrica do fascismo islâmico, não pode servir de alibi ao silêncio que muitos gostariam de fazer sobre o holocausto e ao branqueamento dos crimes a que o anti-semitismo conduziu.

Recordar os reis católicos de Espanha e a crueldade cristã com que perseguiram, espoliaram e queimaram judeus, é apenas referir o zelo apostólico e a selvajaria da fé.

O islamismo é um decalque grotesco do cristianismo a que falta a influência da cultura helénica e do direito romano. À medida que os mercenários de Alá se dão conta do crepúsculo da sua civilização falhada, acirram os crentes e atiram-nos para o martírio a troco de umas orgias no paraíso onde serão alimentados com rios de mel para satisfazerem as fantasias sexuais com setenta virgens que lhes reservam os mullahs. Só as mulheres devem continuar a conformar-se com a burka, a submissão e o opróbrio.

A cegueira religiosa, alimentada pelos parasitas de Deus, conduz os crentes (cristãos, muçulmanos e judeus) a confiar nos livros sagrados, como se estes fossem certidões notariais, reclamando territórios que a vontade divina lhes legou sem admitirem, ao menos, após séculos, o direito por usucapião. Deus é um pretexto para crimes que o poder, a ambição e a inveja reclamam.

O Papa João Paulo II vem agora condenar o anti-semitismo e arvorar-se em campeão da luta contra o anti-semitismo. É o descaramento de quem beatificou Pio IX que chamava «cães» aos judeus e protagonizou um dos mais ignóbeis actos de anti-semitismo. Pio IX foi cúmplice no rapto de um menino judeu de seis anos, Edgardo Mortara, sob o pretexto de ter sido baptizado in extremis por uma criada, após o nascimento. Foram impotentes os pais para recuperar o filho raptado pela polícia papal e de nada valeu a indignação mundial. Encarcerado num mosteiro terá acabado por ser ordenado padre.

S. João Crisóstomo considerava bordéis as sinagogas e o imperador Constantino odioso o povo judeu.

O zelo canónico posto pelos cruzados na sua exterminação, à ida e à vinda da Terra Santa ficaram como marco indelével da crueldade racista e religiosa.

Não foram os nazis os primeiros a instituírem o gueto e a obrigarem os judeus ao uso de um distintivo amarelo. Coube ao Papa Paulo IV, no séc. XVI, essa infâmia.

A oração pelos «pérfidos judeus», que fazia parte da liturgia da Sexta-feira Santa do Missal Romano, manteve-se depois do holocausto. Foi João XXIII que acabou com essa devota manifestação de ódio.

Quem protegeu proeminentes nazis procurados por crimes contra a humanidade e lhes facilitou refúgio nas ditaduras sul-americanas de forte influência católica?

Deixemos, por hoje, o papa de Hitler. Pio XII merece centenas de artigos.