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A caridade cristã também mete água

21 de Janeiro de 2005  |  Escrito por André Esteves  |  Publicado em Não categorizado  |  Comentar

Do Índico continuam a nos chegar notícias do apoio humanitário dado às populações. As piores estimativas foram ultrapassadas… Neste momento contabilizam-se 220.000 mortos e vários milhares de desaparecidos.

Mesmo tendo passado várias semanas, o apoio humanitário ainda encontra dificuldade em chegar às populações. Mas se ao menos fossem só os acessos e a geografia…

Da Índia, na região Tamil Nadu, chega-nos a notícia de uma forma muito peculiar de prestar caridade.

A aldeia de Samanthapettai tinha sido destruída pelo tsunami. Os sobreviventes desesperavam à dias por ajuda. Quando surgem, finalmente, a descer pela estrada camionetas. Sem conter a esperança, os camponeses correram a buscar ajuda.

Desceram dos carros missionários cristãos, que se prontificaram a dar ajuda… mas com uma condição: tinham que se converter ao cristianismo…

Ultrajados os camponeses começaram a se queixar, quando surgem na estrada as carrinhas dos jornalistas e televisões. Que passaram a assistir à apressada debandada de tanta boa vontade cristã.

Do outro lado do Índico, em Aceh, Indonésia, a história repete-se. Aqui, foram os voluntários de ONG’s laicas que trouxeram a público, as várias investidas proselitistas que uma multitude de seitas e religiões estão a realizar a coberto da ajuda internacional.

Desde seitas cristãs americanas que recolhem órfãos para centros privados onde lhes darão uma boa educação cristã, a fundamentalistas islâmicos que ensinam o corão, à sua maneira peculiar, a todas as crianças que se refugiaram nos campos de ajuda. Grupos que no passado tinham sido inclusive expulsos de Aceh pela população muçulmana moderada local.

Até a igreja da Cientologia, têm voluntários no campo, onde realizam «massagens» e prestam auxílio psicológico com os «avançados» métodos psicológicos cientologistas…

Depois do caos, a experiência passada parece o castigo de Deus. Os seus proclamados representantes é que não querem perder essa oportunidade.

Lá longe, distante das democracias laicas, é que a medonha cara do proselitismo se mostra. Por cá, continuam alguns a invocar falsas tolerâncias e a criticar a formal agressividade de alguns ateus, para impedir uma forte laicidade do estado.

Nunca estiveram debaixo d’água… Senão, não estavam com tanta treta.

 

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