Loading

Dia: 12 de Fevereiro, 2013

12 de Fevereiro, 2013 Abraão Loureiro

Cadê as nuvens?!?!?!?

Aos anos que deambulo pela Terra sem nunca ter visto um raio que não iluminasse totalmente o céu mostrando as nuvenzinhas (porque com céu limpo não há trovões) e tudo o que os meus olhinhos viam cá em baixo agarrado ao chão. Neste milagre ainda não consagrado, a iluminação pública conseguiu ser mais forte que esse  raiozinho tímido. Talvez tenha sido uma raiozinha.

Também é de estranhar que o Vaticano não tenha ficado às escuras após a descarga. Ver video montado: http://www.bbc.co.uk/news/world-europe-21421810

Resultado: Má qualidade na montagem.

Motivo: Uma encomenda urgente.

Hummm: Filippo Monteforte esperou duas horas pelo momento (escrito na notícia do site): http://www.tvi24.iol.pt/internacional/raio-basilica-papa-vaticano-fotografo-tvi24/1418998-4073.html

A comunicação social cada dia mais cheia de gente competente!

As equivalências não valem apenas para governantes.

 

raiozinho

12 de Fevereiro, 2013 Carlos Esperança

A ICAR e a resignação de B16

A interrupção do pontificado de B16 foi um ato inédito. Há quase 600 anos que nenhum papa saía vivo da função. Algumas vezes foi o patrão servido de os chamar à sua divina presença, como se diz no jargão católico; outras, foram circunstâncias alheias à vontade dos próprios ou mera conveniência de serviço.

B16, cúmplice do predecessor, foi o papa designado pela Opus Dei que, no conclave, se substituiu ao Espírito Santo, e assim manteve o poder no Vaticano. A obsessão da Opus Dei pelas canonizações e pelo dinheiro, levou-a a controlar o IOR (Banco do Vaticano) e a canonizar todos os mártires da Guerra Civil de Espanha que combateram do lado de Franco. Houve um ou outro engano mas, entre tantas centenas de santos, era difícil não cometer erros crassos e fácil esquecer os padres bascos assassinados por Franco, por se terem colocado do lado errado.

B16 foi o intelectual que aguentou JP2, um papa rural e crente em Deus, cujos objetivos eram a libertação da Polónia do comunismo e a ocultação dos escândalos da sua Igreja. Converteu-se numa estrela pope enquanto o cardeal Ratzinger zelava pelo esvaziamento do concílio Vaticano II.

A pedofilia e a lavagem de dinheiro no banco do Vaticano convergiram para o desprezo da fé e abandono da ICAR por parte da Europa. A defesa da fé e das finanças ficaram a cargo da Opus Dei e dos Legionário de Cristo que, longe de prestigiarem a casa-mãe, se encarregaram de lhe granjear uma imagem ultrarreacionária. A Fraternidade Sacerdotal São Pio X (FSSPX) está no bom caminho para o regresso, mas, por estranho mimetismo com o Islão, a ICAR vai percorrendo o caminho de regresso à Idade média.

O Vaticano II foi sendo persistentemente substituído pelo concílio de Trento e a Igreja, cada vez mais retrógrada, afastou muitos dos que se habituaram a acreditar nela desde a infância.

A Opus Dei terá decerto a chave da porta de onde sairá o novo papa mas as guerras na Cúria não deixarão espaço ao novo pontífice para gozar a tiara. A ICAR deixa de ser a fonte de preocupação que ameaça a liberdade. Agora é o Islão que urge de ser contido.