Subterfúgios é uma evasiva criativa à racionalidade e às realidades torpes fornecidas por politicas, religiões e jogos de possessão e submissão, é uma forma de anti-arte, uma forma das infinitas possíveis, de usar livremente o pensamento e o exprimir sem amarras, sem leis de obrigação e negação, sem preocupações estéticas e morais. Não se inventa a roda, mas dela se pode usufruir ao máximo das capacidades, nome do inventor é desprezível, tudo é inventado no pensamento, aquele que pode ser usufruído livremente em todo e qualquer contexto.
O processo de criatividade é sempre moldado e enriquecido por contextos externos, revolução permanente, nele destaco grandes revolucionários ideológicos nas realidades e ficções, André Breton, impulsionador do movimento surrealista, expressão ditada pela ausência de qualquer controlo, liberdade na mais pura essência, nele se englobam Luiz Buñuel, René Magritte, Dalí. Também em Espanha Orwell encontrou a liberdade, seu conceito, entre os anarquistas libertadores, conceito esse tão incrivelmente exposto na sua inversão em 1984.
Em Solaris de Stanislaw Lem encontrei o conceito máximo do conhecimento Humano, o seu limite, ficção e psicologia elevadas ao máximo, quando não entendemos a realidade por esta ser excessivamente complexa tão fácil será dizer “não sei”. Kafka demonstra o mundo surreal dos Homens, o conceito de degeneração, um ciclo aparentemente imparável de opressão e submissão, hierarquizações infinitas e a perda completa do sentido de existência Humana.
Pela incrível paixão pelo pensamento e conhecimento, sua defesa em qualquer contexto, saliento Giordano Bruno, o homem que sozinho enfrentou o Império das trevas, pensou, raciocinou, conheceu e expressou a liberdade, tão incrível é ler o seu Tratado de Magia, os seus fantásticos raciocínios científicos sobre a conservação de massa e energia, capacidades da memória, infinitude do Universo, aliados às mais estranhas mitologias, relâmpago que cai do céu e queima todos os pêlos púbicos de uma mulher.
Fantásticas criatividades também encontradas sobre a forma de religiões, as que perscrutam a Natureza e dela extraem divindades mescladas com as mais puras convicções Humanas, tantos fascinios nos traz o Antigo Egipto, os Aztecas, os Maias, tão criativamente preenchiam as falhas de conhecimento, deuses e deusas magnificientes tecidos nos mais fantásticos desejos e medos Humanos.
Cinematograficamente realço a criatividade de Vicenzo Natali, Daren Aronofsly, David Lynch, Clive Barker e Alejandro González Iñárritu. Na banda desenhada Enki Bilial e Kent Williams. Na música Nitin Sawhney, Primitive Reason, Sibelius, Massive Attack, Royksopp, Banco de Gaia, Kaya Project, e sobretudo Trance Psicadélico, a liberdade no seu expoente máximo, a fraternidade plena entre Homens, Natureza e música, a plenitude pessoal, a alteração de consciência mais elevada, a reunião de tudo o que existe de benigno neste Mundo. Concepção da realidade, sem ela nunca saberia o que seria a imaginação, Sam Harris, Richard Dawkins, Christopher Hitchens, Schopenhauer, Nietzsche, Bakunin, Kropotkin, etc.
Pelas criatividades das diversidades máximas me inspirei para este livro, igualmente pelos mais belos pormenores da Vida, a contemplação de uma cascata, a solidão meditativa entre Natureza inviolada pelo Homem, as excelsas experiências sexuais nos prazeres mais magnificientes, o simples acarinhar de um gato. Em plenitude de liberdade exponho aqui alguns textos do livro, uma surrealização do desejo sexual extremo em concretização do sonho impossível em Devassidões Abismais, a recta circular das vivências degenerativas em Bidireccionalidade Unilateral e um poema filosófico sobre a concretude das coisas em contraste com as superficialidades descarregadas pelas sociedades convencidas e irracionais em Perscrutação.
Criticas, sugestões, ofensas gratuitas ou encomendas podem ser feitas pelo e-mail: [email protected]
A secretária de educação do estado de Hessen, na Alemanha, Karin Wolff, anda há cerca de um ano a tentar introduzir o criacionismo nas aulas de ciência do seu Estado.
»(«Ofensiva criacionista na Europa contra-ataca», no De Rerum Natura)
A minissérie de 4 documentários “Secret files of the Inquisition” é provavelmente a melhor abordagem audiovisual à Inquisição e às Guerras Santas da ICAR, uma proeza magnífica de fornecer luminosidade ao período mais obscuro da Humanidade, mais desconhecido e enclausurado nas catacumbas do esquecimento e das hipocrisias católicas. Diversos documentos históricos foram analisados para tentar repor veracidade à História da Humanidade.
Os documentários abordam a luta dos Homens pela dignidade e pelos Direitos Humanos, a continua tentativa de encontrar o conhecimento, sempre ensombrados pelas trevas emanadas dos Estados Papais, uma abordagem leve a cerca de 600 anos de História camuflada em arquivos secretos, em destruição de documentos, morte das vozes científicas, panóplia de terror que despojou essencialmente a Europa de qualquer Humanidade. Pena não serem abordadas as evangelizações na Índia e nas Américas, mas a quantidade de conteúdo é incrivelmente enorme. Embora seja uma abordagem relativamente simples e incidente em personagens específicos, esta obra de arte permite um contacto extremamente próximo com as vítimas e os opressores dos tempos de glória da ICAR.
Pena passar completamente “despercebido” na maioria dos países, e não ser fornecida qualquer alusão à existência deste documentário, uma forma extremamente Humana de se poder prestar uma minúscula homenagem às inúmeras vitimas, aos grandes cientistas e teólogos que enfrentaram todos os tipos de tortura e de terrores sem nunca vergarem às suas convicções mais Humanas. Aqui deixo ficar a minha humilde contribuição para a divulgação deste documentário, e de uma homenagem tão efémera a gentes que tanto deveríamos homenagear.
O “Secret Files of the Inquisition” venceu o prémio de melhor documentário dramático do New York Festivals em 2007, venceu 2 Leo Awards em 2006, venceu o Gemini Award para melhor realizador, entre outros, para além de inúmeras criticas positivas por esse mundo fora, excepto, obviamente, da ICAR.
Aquando da exibição do documentário nos E.U.A., em Maio deste ano, a Liga Católica Americana, maior associação católica das terras do Tio Sam, proferiu algo que seria de esperar, “comparando com os tribunais seculares do nosso tempo, os métodos da Inquisição eram muito mais humanos“, e que nos faz lembrar que se a Inquisição hoje não faz churrascos Humanos, não é por consciência pesada da ICAR, esta nunca existe, tal não existe devido à luta de tantos Homens pela Liberdade. Ainda este ano 3 mulheres foram queimadas vivas por acusações de bruxaria em Timor, as raízes de tantos anos de trevas subsistem, notícia esta também passada “despercebida” pelos média.
Mais informações sobre o documentário no Amazon.com e no site oficial Inquisition Productions.
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A Igreja Católica foi obrigada a pagar 660 milhões de dólares de indemnização às 500 vítimas de abusos sexuais cometidos por padres dos EUA. Os casos aconteceram ao longo dos últimos 60 anos na arquidiocese de Los Angeles (LA) na Califórnia. Esta é a maior indemnização alguma vez paga pela Igreja Católica.
Fonte: TVI
Comentário: O celibato é cada vez menos recomendável para o clero e, sobretudo, para as finanças diocesanas e para a integridade das vítimas.
A deriva reaccionária de Bento 16 em direcção aos excomungados bispos e padres da Fraternidade Sacerdotal de S. Pio X (FSSPX) não provoca um terramoto na Igreja católica domesticada por JP2, que lhe devolveu a superstição e a pompa, mas cria ondas de choque entre alguns padres adeptos do Concílio Vaticano II.
A ICAR fica agora mais autêntica: retrógrada, ritual, intolerante e evangelizadora. B16 já decidiu que é a única Igreja cristã verdadeira como se só as restantes fossem falsas. O velho ditador, com o camauro enfiado até às orelhas, já devolveu ao latim o carácter de língua sagrada como os mullahs fazem em relação ao árabe.
A ICAR estava há muito infiltrada pelos sequazes de Santo Escrivá, um perverso adepto do ditador Franco a quem numerosas famílias deram os seus bens e JP2 a santidade. O fanático, além do cilício com que se consolava, escreveu o «Camiño» um livro com 999 «considerações espirituais». Sendo o n.º 999 a inversão do n.º 666 (o número da besta, segundo o apocalipse) fácil é concluir que o n.º 999 é Monsenhor Escrivã a fazer o pino.
Como se o Opus Dei não fosse já uma seita perigosa que esteve sempre por detrás de JP2, um Papa tão supersticioso que acreditava em Deus, B16 recorreu à FSSPX para juntar meio milhar de padres, guerrilheiros da fé, capazes de transformar a decadente ICAR numa religião com a energia e o ódio do Islão. Os membros das duas seitas, bem treinados, são capazes dos mesmos actos de fé e sacrifício que os suicidas islâmicos.
O báculo, a mitra e a cruz são adereços folclóricos que não fidelizam clientes. Só as fogueiras, o medo e as perseguições fazem devotos capazes de reproduzir a violência tradicional e de restituir aos padres o poder e influência perdidos com o Iluminismo, a Revolução Francesa e o secularismo.
B16 vai no bom caminho mas é preciso travar-lhe o passo.
Bispalhada indignada, com algo que não se percebeu muito bem, colocou o Estado de joelhos, ámen cara padralhada, Portugal não é laico, frase excelsa da democracia clerical proferida pelo D. Carlos Azevedo “depois do referendo sobre a I.V.G. a sociedade portuguesa pensou que era laica”, explicando que o Estado deve ajoelhar perante o Vaticano e seus representantes em Portugal, sociedade portuguesa deve ajoelhar perante o Estado que se ajoelha perante o catolicismo, espécie de colonialismo, tudo a bem da liberdade católica, muito ferida depois do 25 de Abril, e recentemente a decisão democrática sobre a I.V.G. bem atravessada na goela.
Folheando jornais encontramos sempre situações quotidianas de como o catolicismo anda tão oprimido, tão angustiado com a vida, tão cabisbaixo, tadito, Jornal de Notícias a exemplo, 13 de Julho de 2007, página 28. Isto após ver como andam os negócios da bruxaria, dos curandeiros, dos videntes, dos médicos das amarrações, pragas, mau-olhado e afins da página 17, ciências ocultas, aquelas que ninguém vê, e após ler a alusão à felicidade clerical em ter o Estado ajoelhado, tão bem expressa na frase de Policarpo, “A reunião correu muito bem, no âmbito do que são as relações habituais entre Igreja e Estado.”. Gente desatenta como eu poderia pensar que nem seria permitido tais relações, políticas e religiões quando se dão bem costumam produzir churrascos de pessoas, tolos que explodem em autocarros, umas torturas criativas, mulheres mortas à pedrada, invasão dos territórios alheios, evangelizações, islamizações e parvoíces semelhantes que matam uns quantos, pouco interessa, mortes são baratas.
Rua cortada por causa de uma comunhão. Giro. Uma funcionária camarária pediu à Junta de Areias um corte de uma via pública, uma comunhão, evento que cortou a ligação entre Caldelas e Sande entre as 11 e as 18 horas. Realmente o catolicismo anda oprimido, um evento gigantesco como este, contou com cerca de 4 viaturas estacionadas na via, devia era parar Santo Tirso e arredores, ser divulgado pela televisão estatal e acompanhado de rezinhas para que a rapariga inglesa apareça! O quotidiano de uma sociedade “laica” é sempre assim, esperemos que finalmente o catolicismo tenha liberdade, porque cortar só uma via pública por causa de uma comunhão é opressão! No mínimo a cidade inteira!
Ámen.
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A empresa Toto Washlet investiu em tecnologia sanitária, sanitas que limpam e lavam “as partes baixas” em termos politicamente correctos, “os genitais e ânus” em termos científicos, “pilinhas, pitinhas e cuzinhos” em termos afectivos, de onde saem excrementos, nunca confundir com certas bocas religiosas, jactos para lavagem, sistemas de botões para aquecer o assento durante os momentos introspectivos na casa de banho, uma nova possibilidade de uso da expressão “só te falta querer que te lave o cu com água de rosas.”.
É giro sim senhor, mas a arte de usar papel higiénico não é tão complexa quanto isso, diria que temos excessivos gastos para algo excessivamente simples. Opinião minha sobre as sanitas, outros poderão achar uma enorme mais-valia na vida pessoal, todos os dias será utilizada possivelmente, nada de comparações com gentes de nível que compram livros para enfeitar as prateleiras, alguns só precisam de os organizar por cores, esteticamente fantástico!
A opinião que suscita mais interesse nestes modernismos, e a que fez enorme publicidade às sanitas, é a do reverendo Neil Rhodes, pastor da Times Square Church, sítio esse brindado com um enorme cartaz publicitário referente ao produto exposto. Tão excelsa opinião que vem noticiada no New York Post, aquele cartaz publicitário danado! O encapuzado eruditamente apontou um grave problema nesta conjuntura, “Você vai à igreja e, no caminho, tem corpos nus diante dos seus olhos. Como você vai fechar os olhos e buscar a Deus?”.
Aparentemente esta sotaina já nasceu vestida, ninguém lhe viu o cuzinho, nem tão pouco levou umas palmadas de uma enfermeira, caso estranho portanto, seguidamente existe o “problema” do sexo, sem tirar umas peças de roupa é complicado, vendas usam-se mas com outros propósitos, falar sobre a libido seria areia a mais para a camioneta do encapuzado, outro ponto, convém retirar todo o vestuário antes de defecar, é complexo expelir algo com as cuecas vestidas, penso que será um problema a reflectir futuramente pelo reverendo. Tomar banho vestido também não é muito agradável, sugeria a nudez completa, de duas pessoas ainda mais, claro que existe um sítio nas costas onde é complexo chegar, ajuda externa facilita.
Nascemos nus, tomamos banho nus, sexo poderá ser englobado, problema aparentemente irresolúvel, Natureza malandra que nos fornece a nudez! Outra hipótese para o problema do reverendo será a inexistência de cuzinhos de crianças, observando a imagem publicitária eles inexistem, aborrecido por isso poderá ter ficado o clerical, tanta sotaina pedófila à solta, melhor só expor cuzinhos adultos, limpinhos e sorridentes.
Sabe-se que 4392 clérigos americanos gostam muito mais de cuzinhos de criança, sujos e infelizes, tantos milhares de crianças nos E.U.A. viram a vida feita em angústia, ainda maior quando a justiça se baseia em mudar o violador para outro paraíso de cuzinhos infantis, repetição de ciclo.
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O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.