Creio em um só Deus Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra de todas as coisas visíveis e invisíveis.
Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos; Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai.
Por ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras, e subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai.
E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim.
Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele falou pelos profetas.
Creio na Igreja, una, santa, católica e apóstolica. Professo um só batismo para a remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos e vida do mundo que há de vir.
Amém.
17 de Janeiro, 2016 Carlos Esperança
Um bispo triglodita_2
Braulio Rodriguez, arcebispo de Toledo, sucessor do ultrarreacionário cardeal Antonio Cañizares, levado para o Vaticano por Bento XVI, não dececionou quem o precedeu na cidade onde, na guerra civil, o padre que acompanhava o general franquista Moscardó, excitado, gritou aos soldados que chacinavam os resistentes republicanos: “matai, matai, irmãos…[e ocorrendo-lhe a condição cristã]…mas, com piedade.
O atual arcebispo de Toledo, Doutor em Teologia Bíblica, com 72 anos de celibato, diz que “as mulheres são assassinadas porque pedem o divórcio” sem pensar “em outro tipo de uniões afetivas, onde quase o único que as une é o físico, o genital e pouco mais.”
O especialista em violência de género num país onde, em 2015, morreram 56 mulheres às mãos dos seus companheiros ou ex-companheiros [em Portugal, 28, neste macabra contabilidade] entende, na sua experiência celibatária, que «elas são mortas porque os maridos “não aceitam as suas imposições” ou porque “pedem a separação”.».
O sermão do arcebispo, durante a missa celebrada dois dias depois do Natal, na Catedral de Toledo, referido em Espanha por El País, em 5 de janeiro, e em Portugal, pela Visão, no dia seguinte, «culpabilizou, em parte, as mulheres pelas agressões e homicídios, justificando as ações dos homens com a falta de submissão delas aos “varões”.
O piedoso prelado “também” está preocupado com esses assassinatos, mas acha que não se devem considerar esses crimes “simplesmente violência de género”.
A semelhança com qualquer mullah islâmico é pura coincidência. É apenas a herança do catolicismo franquista que se mantém viva.
‘A falta de submissão das mulheres aos maridos’ não é apenas pecado, assunto em que o bispo é perito, é deplorável que o crime não seja contemplado no Código Penal!
“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.” (Mt 5.3.)






