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Categoria: Não categorizado

22 de Novembro, 2007 Carlos Esperança

Crentes e descrentes

Nunca pensei que a bondade ou a maldade resultassem da religião de cada um, mas não tenho dúvidas da violência que a fanatização produz. Os ateus, que eu saiba, não são prosélitos nem andam de casa em casa a divulgar o seu pensamento e jamais pensariam em utilizar um recém-nascido para o iniciar nas virtudes do ateísmo.

Os ateus, perante as evidências, mudam de opinião; os crentes mudam os factos. Nunca um ateu ameaçaria alguém dos sofrimentos a que a morte o condenaria se não fosse ateu e, muito menos, lhe ocorreria ditar a pena de morte por heresia a quem, por fraqueza, virasse crente.

Acontece que a heresia e a apostasia são, para as religiões, dos mais graves pecados que um crente pode cometer, sendo a morte a justa punição. No primeiro caso trata-se de mera diferença de opinião e, no segundo, de mudança de posição. Só a intolerância da fé é capaz de aplicar a pena ou, à míngua do braço secular, ameaçar com o Inferno.

Os livros sagrados são catálogos de mentiras vertidas em livros de terror. Plagiam-se uns aos outros, alteram os feriados e semeiam o ódio entre os que foram fanatizados por um livro ou pelo plágio. Há gente boa capaz das maiores atrocidades para agradar ao seu Deus e gente culta capaz de acreditar que Deus fez o mundo em seis dias e repousou ao sétimo.

Os cientistas da costela de Adão e os que vêem o Sol a girar à volta da Terra ainda hão-de explicar como é que Galileu, depois de tantos anos de Inferno, uma vez reabilitado, conseguiu transporte para o Céu, sem rede viária que os ligue. E quem o indemniza por perdas e danos do tempo em que esteve excomungado no Inferno por ter razão antes da Igreja, como é habitual?

22 de Novembro, 2007 Helder Sanches

Houston Church of Freethought

E hoje tenho um rebuçado para os crentes que visitam este blog; pois é, vou criticar alguns… ateus!

Não vou procurar grandes justificações, uma vez que o alvo da minha critica soa-me tão absolutamente ridículo que nem me quero dar ao trabalho de perder muito tempo com o assunto. Basicamente, a questão é esta: não chegavam já as religiões, igrejas, cultos e seitas existentes com crenças fantásticas em histórias da carochinha? Era mesmo necessário criar uma igreja de “livre pensadores”? Pelos vistos, a resposta a esta última pergunta é afirmativa.

No Texas, Estados Unidos (where else?), existe a Houston Church of Freethought (Igreja de Livre Pensamento de Houston), local que, aparentemente, serve para os encontros mensais de ateus, agnósticos, cépticos, etc. Com alguns serviços de índole social à mistura, salta à vista a isenção fiscal como uma vantagem em relação a outros formatos associativos que serviriam perfeitamente os mesmos interesses.

Como diria um personagem conhecido: não havia necessidade!

Enfim, americanices…

(Publicação simultânea: Diário Ateísta / Penso, logo, sou ateu)

22 de Novembro, 2007 Carlos Esperança

Espanha – 32.º aniversário desta monarquia

Há tradições do Tribunal do Santo Ofício que servem ainda de catarse popular aos ódios e ressentimentos. Acabaram as cremações de corpos exumados por ódio e raiva pia, mas permanecem, à semelhança da queima em efígie, as labaredas de fotos de quem se detesta.

As bruxas, livres da Inquisição, dedicam-se ainda a espetar alfinetes em figuras de cera odiadas pelos clientes, habitualmente por amores interrompidos ou não correspondidos. Já nem as autoridades as perseguem por burla, quanto mais queimá-las por malefícios. Os clientes trazem os conselhos e deixam as poupanças com a foto do/a amante infiel ou a peça de roupa de quem lhes fez mal.

No mundo urbano as práticas são mais sofisticadas e limitam-se à queima de bandeiras e de fotos dos líderes que se detestam. A bandeira dos EUA é o alvo preferido e o mais consensual, da Europa à Ásia, com especial entusiasmo no Médio Oriente. Quanto aos líderes mundiais, Bush destaca-se e esforça-se por merecê-lo. Mas não é costume haver multas para este tipo de catarse.

Em Espanha, porém, as multas que um juiz aplicou aos responsáveis pela publicação de uma caricatura dos Príncipes das Astúrias foram o início de uma perniciosa perseguição judicial que culminou com elevadas multas aos pirómanos de fotos reais e trouxe para a discussão pública o regime.

Juan Carlos, que hoje comemora o 32.º aniversário de reinado, é um democrata com provas dadas. Poucos têm tão honrados pergaminhos em prol da democracia, mas os acontecimentos dos últimos dias são de molde a que a discussão sobre a legitimidade monárquica suba de tom.

A escolha pelo mais sinistro ditador peninsular, o restabelecimento de uma monarquia caída nas urnas e a excessiva exposição mediática do rei, debilitaram a monarquia. A Espanha começa a esquecer o papel decisivo de Juan Carlos na transição pacífica de uma das mais atrozes ditaduras da Europa para uma das mais prósperas democracias.

20 de Novembro, 2007 Ricardo Silvestre

«ops, desculpem lá»

Dois dias depois do Governador Sonny Perdue ter organizado um serviço religioso nos degraus do Capitólio do Estado de Geórgia (em Atlanta, cidade lindíssima há que dizer), a pedir para o deus cristão enviar chuva para combater a seca nesse Estado, deus finalmente respondeu.

O porquê de deus ter deixado passar dois dias para responder às preces não se sabe. Pode ser que tivesse ocupado com outra coisa qualquer. Não há maneira de saber.

«ops, desculpem lá a demora»

De qualquer maneira, esta última quarta-feira, dia 14, deus resolveu lançar chuva e ventos fortes para responder aos apelos dos sequiosos crentes.

Por causa do vendaval forte, o telhado de uma igreja Baptista foi danificado, magoando, com vidros, três crianças que se encontravam dentro da igreja. A Câmara Municipal foi danificada. Uma casa colapsou magoando os seus residentes. Parte do estado ficou sem electricidade, escolas tiveram de ser fechadas.

«ops, desculpem lá o entusiasmo».

Mas para infelicidade daqueles que pensaram que deus tinha se revelado uma vez mais em toda a sua magnificência e generosidade, o meteorologista Vaughn Smith do
National Weather Service in Peachtree City, veio dizer que a quantidade de água que caiu foi muito reduzida, e que «nenhum dos lagos subiram o seu caudal devido ao estado tão ressequido das terras»

«ops. Desculpem lá a insuficiência».

Ridículo? You be the judge.

20 de Novembro, 2007 Hacked By ./Localc0de-07

Quando o demente cristão Robertson pediu a morte de Chávez

Nós temos capacidade para derrubá-lo e acho que já é hora de usar essa capacidade.

Ele é um perigoso inimigo para o nosso sul controlando uma imensa quantidade de petróleo.

Não precisamos de outra guerra de 200 bilhões de dólares para nos livrarmos de um ditador de mão forte. É muito mais fácil que alguns agentes disfarçados cuidem desse trabalho e se livrem disso.

Não sei sobre essa doutrina de assassinato (em referência às acusações de Chávez que Washington planeou o assassínio do venezuelano), mas se ele pensa que queremos assassiná-lo, acho que deveríamos ir em frente e fazê-lo. É muito mais barato que lançar uma guerra.

Transmitido a 22 de agosto de 2005 no programa televisivo “The 700 Club”.

Também publicado em LiVerdades