12 de Janeiro, 2012 Luís Grave Rodrigues
Procriação Medicamente Assistida: a posição da Igreja Católica


Papa Bento XVI disse, na última segunda-feira, que o casamento gay é uma das várias ameaças à família tradicional e coloca em xeque “o próprio futuro da humanidade”.
O papa fez o seu mais forte comentário contra o casamento gay tocando também em algumas questões económicas e sociais que o mundo enfrenta hoje.
…Ou serão, apenas, algumas igrejas?
A sério, eu sempre pensei que as igrejas nunca fossem atingidas pela crise, porque o “patrão” sabe (devia saber) gerir o negócio.
Pelos vistos, enganei-me…
Bento XVI batizou ontem 16 bebés na Capela Sistina, do Vaticano, tendo destacado a importância do “testemunho” pessoal e da transmissão da fé de pais e padrinhos na educação das crianças.
Nota: É assim que se fabrica a fé.
“Agradecemos-te, Senhor, por este ficheiro que vamos sacar.” A partir de hoje, todos os que crêem na cópia e na partilha livre de músicas, filmes ou qualquer outro tipo de ficheiro digital, podem comungar na Igreja do Kopimism, uma congregação oficialmente reconhecida como religião pelas autoridades da Suécia.
Com especial carinho para os criacionistas, aqui se encontra uma exposição simples do argumento do relojoeiro.
O Papa afirmou ontem que a humanidade procura fugir à questão de Deus através de “narcóticos muito eficazes”, durante a missa da Epifania celebrada no Vaticano, na data popularmente conhecida como Dia de Reis.
A pulga atrás da orelha comecei eu a sentir quando tudo quando era comunicação social desatou a proclamar a elevação do Fado a património da humanidade. Tá bem, prontes. Antes isso do que evidentemente.
Dias depois, o Futebol fazia a sua entrada em cena. De manhã, à tarde, à noite e sempre que desse jeito, o mundo ficava a saber que Eusébio tinha dado entrada no hospital. E a coisa prolongou-se, com o regresso a casa e o regresso ao hospital. Estimei as melhoras e adormeci, pensando que…
Pensei mal. O terceiro efe, que se encontrava alerta mas encoberto, fez a sua entrada em pleno com os pescadores de Vila do Conde, milagrosamente salvos por “nossa senhora”. Ainda não sei o que andaram por lá a fazer a Marinha e a Força Aérea – se a memória não me atraiçoa, mas isso nem vem ao caso.
As pessoas têm direito às fés respectivas, e cada uma é livre de acreditar no que quiser. Se os pescadores acham que foi a senhora de Fátima, e não outra qualquer, que os salvou, estão no seu mais sagrado direito, embora não haja evidências de que não tenha sido, por exemplo, a senhora da Conceição ou, até, o S. Pedro que, como toda a gente sabe, é o protector dos pescadores, actividade que desenvolve em perfeita parceria com o respectivo Sindicato. Estão, também, no direito de acreditar que foi mais fácil, para a “nossa” senhora, salvá-los do que evitar o afundamento do barco. E que, ao salvá-los in extremis quando podia tê-lo feito logo no primeiro momento, mais não quis do que pô-los à prova – como é apanágio de tudo quanto é divindade, não esquecendo que essa coisa de pôr as pessoas à prova nem sequer é original, uma vez que há notícia de tentativas com Adão e Abraão, pelo menos. Todas estas crendices são legítimas, como legítima é a peregrinação que os pescadores vão fazer ao terceiro efe. Como dizem os franceses, chaqun sabe de si. Mas já duvido é do direito de as televisões todas, durante a última semana, nos terem andado a atazanar a vista e os ouvidos com a notícia da bendita peregrinação. Com tanta gente a peregrinar, por que razão hão-de, os pescadores, ter o direito a notícia destacada? Por que razão insistem em obscurecer as mentes? Para que não nos lembremos dos escândalos ao nível da política e do governo? Para que nos esqueçamos das maçonarias encobertas e dos fretes jurídico-financeiros?
Ou é o regresso ao passado, agora sem máscara?
Já agora: quantas horas vamos ter, em directo, a peregrinação?
Em simultâneo no “À Moda do Porto“
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