
O liberalismo económico e a liberdade de viver sob um regime clerical/fascista
Do minuto 8 ao 22 deste documentário: a instalação do neoliberalismo no Chile e Friedman. No mesmo ano em que um dos muitos opositores de Pinochet era assassinado Friedman recebia o Nobel.
Processo de canonização da Irmã Lúcia poderá ser antecipado
O defunto bispo de Coimbra pediu a dispensa do período de espera de cinco anos após a morte da Vidente de Fátima. A santidade vem aí.
A Igreja Católica é uma hidra que resiste ao tempo e aos escândalos, aos crimes e às mentiras, aos abusos e ao delírio místico. Nem os padres e os bispos conseguem dar cabo dela. Nem os Papas.
A Irmã Lúcia, a mais antiga reclusa do mundo, começou em criança a ter visões. Como eram escassos os médicos e numerosos os padres, em vez de a tratarem, exploraram as visões que o confessor lhe insinuava na luta contra a República e o Comunismo.
A prisioneira, que recebeu a visita de Cristo, em Tuy, em cuja comitiva se integrou na visita ao Inferno, onde logo viu o Administrador de Ourém, que não ia à missa, tornou-se a promotora do terço e de pios embustes enquanto os primos curaram a D. Emília, de Leiria, no exercício ilegal da medicina reservado a mortos.
O bispo de Coimbra tem certamente na manga alguns milagres para a elevar aos altares. A fé dos crentes precisa de ser avivada com feitos extraordinários, encerrados que foram o Inferno, devido à escalada dos combustíveis, o Limbo, por dar prejuízo, e o Purgatório por ser demasiado difícil de manter sem fazer obras de manutenção.
Se um agnóstico montasse um negócio, como o de Fátima, e recebesse cordões de ouro e dinheiro a troco dos milagres seria preso por burla.
Um bispo pode dedicar-se ao negócio dos milagres sem que a polícia o incomode, a Ordem dos Médicos o processe, o fisco o persiga e as pessoas sensatas o levem a sério.
E a morta não se queixa e estava habituada a dizer ámen.
Uma das videntes de Fátima afirmou textualmente que viu o INFERNO: “Abriu de novo as mãos, como nos dois meses passados. O reflexo pareceu penetrar a terra, e vimos como que um mar de fogo. Mergulhados nesse fogo, os demónios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras, ou bronzeadas, com forma humana, que flutuavam no incêndio, levadas pelas chamas que delas mesmas saíam juntamente com nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das faúlhas nos grandes incêndios, sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero, que horrorizava e fazia estremecer de pavor. (Devia ter sido ao deparar com esta vista, que dei esse “ai!”, que dizem ter-me ouvido).
Os demónios distinguiam-se por formas horríveis e asquerosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes como negros carvões em brasa. Essa visão só durou um momento, graças à nossa bondosa Mãe do Céu, que na primeira aparição tinha prometido levar-nos para o Céu. Sem isso, acho que teriamos morrido de terror e de medo.”
O Papa Francisco resolveu desmontar a farsa de Fátima com estas afirmações surpreendentes: “Por meio da humildade, a procura da alma, a contemplação da oração, nós ganhamos uma nova compreensão de certos dogmas. A Igreja já não acredita num verdadeiro inferno onde as pessoas sofrem. Esta doutrina é incompatível com o amor infinito de Deus. Deus não é um juiz, mas um amigo e um amante da humanidade. Deus não procura para condenar, mas apenas para abraçar. Como a fábula de Adão e Eva, nós vemos o inferno como um artifício literário. O inferno é apenas uma metáfora para a alma isolada, que, como todas as almas serão finalmente unidas no amor com Deus.”
Afinal, quem mente?
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