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Categoria: Mundo

21 de Fevereiro, 2008 Carlos Esperança

Totalitarismo religioso

Em todos os totalitarismos históricos surge uma raiz religiosa mas os mais sanguinários foram os que se reclamaram de origem divina.

Não é preciso recuar a Nabucodonosor ou Dário, para quem uma simples palavra deles era sagrada, para nos darmos conta da perversão do que é supostamente sagrado naquilo que é profano, isto é, em todos os momentos da vida de todas e cada uma das pessoas.

Os tribunais medievais de Espanha, França, Portugal ou Rússia são um exemplo de crueldade e discricionariedade alimentadas pelo direito divino.

O nazismo e o fascismo foram regimes totalitários que não só se reclamaram da vontade divina que queriam cumprir como atraíram o apoio religioso e a mentalidade anti-semita do cristianismo para a sua hedionda trajectória.

Dos totalitarismos só o comunismo não se reclamou da vontade divina e até combateu as religiões. O estalinismo, a mais demente e cruel face do comunismo, combateu a religião, mas idolatrou José Estaline, o seminarista cristão, e deificou o Estado que, de facto, reproduziu o Deus do Antigo Testamento: despótico, violento, vingativo e cruel.

Ainda hoje, as ditaduras existentes encontram nas teocracias que subsistem o expoente máximo da perversão e da crueldade.

17 de Fevereiro, 2008 Carlos Esperança

O Islão é pacífico

Os grandessíssimos filhos de Deus não param de fazer desacatos em nome do Profeta que lhes coube e dos ensinamentos com que os acirram nas madraças e mesquitas. Os energúmenos julgam-se os únicos detentores de uma religião verdadeira, tal como os das outras religiões, e pensam que, quanto mais boçais e violentos, melhor é o lugar que lhes será reservada no Paraíso e mais formosas as virgens que lá os aguardam.

Tempos houve em que eram escassos os divertimentos e os cristãos rejubilavam com as fogueiras onde se assavam bruxas e hereges, exultavam com os instrumentos de tortura onde judeus e cristãos-novos lentamente quebravam os ossos por amor a Jesus e faziam apostas sobre o tempo que um desgraçado aguentava vivo para satisfação geral.

Os cristãos foram contidos. Caíram os tronos e, com eles, desmoronaram-se os altares. O direito divino tornou-se obsoleto e os piores pecados, punidos com a morte, passaram a ser permitidos e, alguns, aconselháveis. A apostasia é um direito de todos os cidadãos livres e o adultério um acto cuja prática pertence ao campo da moral e não à alçada dos tribunais. O sacrilégio pode arreliar os padres mas é irrelevante no direito. A hóstia, consagrada ou não, é excelente com doce de ovos e ninguém vai preso por acompanhar sardinhas assadas com vinho da celebração da missa.

Apesar de o actual Papa procurar reconduzir a Europa à Idade Média ninguém lhe dá o direito de se intrometer na vida privada. Nem os crentes, que continuam alegremente a usar o preservativo, que se divertem sem medo do Inferno que ele reabriu para assustar as crianças que recusam a sopa, depois de ter sido encerrado pelo antecessor, nem esses o levam a sério.

Só o Islão permanece sem freio num desvario de contornos fascistas. A laicidade é um meio para conter os ímpetos mais primários e a polícia o instrumento imprescindível para suavizar a fé dos vândalos que tudo destroem por amor ao Profeta.   

15 de Fevereiro, 2008 Ricardo Alves

O problema é mesmo esse!

 

  • «A rainha Isabel II está consternada com a polémica sobre a sharia (lei islâmica) no país, receando que isso possa “minar a autoridade do arcebispo de Cantuária e prejudicar a Igreja Anglicana”, de que ela é a governadora suprema» (Público, 14/2)

Eu compreendo a senhora. Realmente, que as mulheres herdem metade do que herdam os homens, que não possam casar com homens não muçulmanos, que tenham o divórcio mais dificultado do que os homens, tudo isso é secundário. Agora que a igreja dela fique mal vista, isso sim é grave!

13 de Fevereiro, 2008 Carlos Esperança

Fé e terrorismo

Raro é o dia em que um crente cheio de piedade e pressa do Paraíso não se imole num atentado terrorista ou não congemine a forma de erradicar os infiéis, aspiração comum a todas os fanáticos, mais enérgica onde a doutrinação principia na infância e termina com a viagem para o colo das virgens ou companhia dos anjos.

O diálogo de civilizações é o mito que tem servido a aliança conjuntural entre religiões contra o laicismo, a secularização e a liberdade, para erradicarem os inimigos comuns, primeiro, e aprontarem, depois, entre elas, o confronto final.

Nas sociedades laicas e tolerantes a religião melhor implantada vai lentamente minando os alicerces da vigilância policial. É preciso que uma tragédia se abata sobre Nova Iorque ou Madrid para que haja um sobressalto cívico, desperte a consciência crítica e a reflexão se faça. As respostas, premeditadas e cegas, dadas por outros fundamentalistas, têm sido desajustadas e, às vezes, criminosas.

Parece esquecido o exemplo do que aconteceu com Salmon Rushdie, na sequência da publicação de «Os Versículos Satânicos», os esquadrões da morte mobilizados para o matar, apoiados por embaixadas do Irão, os editores agredidos e mortos e as livrarias destruídas. E, pior, já ninguém se lembra de que o Vaticano, o arcebispo de Cantuária e o rabino supremo de Israel tomaram uma posição favorável ao Aiatolá Khomeini, todos ao lado do carrasco, todos contra a vítima.

A atmosfera adensa-se, a Europa torna-se refém do medo e os dirigentes políticos põem-se de joelhos ou de cócoras, estimulando o regresso da religião à política na esperança de ganharem votos.

Na Dinamarca acabaram presos vários suspeitos de prepararem um atentado contra o desenhador de uma das mais célebres caricaturas de Maomé. Se a religião não tolera a liberdade uma delas precisa de ser contida.

6 de Fevereiro, 2008 Carlos Esperança

Mutilação genital feminina

Em nome da tradição tanto se pode defender a morte do touro em Barrancos como a lapidação de uma mulher por adultério. Não há selvajaria, malvadez ou crueldade que não tenha na tradição argumentos de peso e trogloditas defensores.

As mulheres foram, sempre, vítimas predilectas do pecado original e da selvajaria dos homens ou de outras mulheres. Foram queimadas por bruxaria, vergastadas por adultério, repudiadas pelos maridos, casadas por imposição dos pais e exoneradas dos direitos cívicos e humanos pela legislação sexista. O martírio, a desonra e a humilhação foram o ónus do género que as religiões acolheram e as tradições consagraram.

Dentre as tradições mais abjectas conta-se a «mutilação genital feminina» uma forma de impedir à mulher o prazer sexual, de lhe causar sofrimento atroz e de lhe provocar, com frequência, a morte.

Dir-se-á que esta selvajaria não é, tal como outras, imposição religiosa. É verdade, mas não deixa de estar associada a costumes onde, quase sempre, há uma forte implantação do Islão. E, naturalmente, a componente mercantilista de um próspero negócio.

Não há grande diferença entre o facínora que se aluga para disparar um tiro de escopeta num inimigo a abater e a mulher que se contrata para fazer a excisão numa menina. Há nesta selvagem crueldade o peso de séculos e na condescendência ou cumplicidade uma cobardia que envergonha o género humano.

Malditas tradições, maldita gente que respeita um negócio destes, maldita fé que o consente.

Adenda: Vídeo sobre a «mutilação genital feminina»

3 de Fevereiro, 2008 Carlos Esperança

É preciso pará-los…

Dois atentados quase simultâneos, perpetrados em Bagdad, em mercados de animais, causaram a morte de 65 pessoas e feriram 149, segundo as agências de informação. Desde Abril que não havia notícias de um dia tão sangrento.

O Mundo, habituado ao terrorismo religioso podia pensar que a demência se devia à fé e a violência ao Corão. O livro está implicado, não a fé. As suicidas, que não esperam no Paraíso jovens apolíneos que lhes retirem as burkas e alimentem as fantasias, porque à mulher todo o prazer é negado, eram deficientes mentais usadas para o massacre.

Podiam os fanáticos religiosos deixar a Deus, a quem imploram em piedosas preces a chacina dos inimigos, o exercício da violência e a decisão da morte. Mas não. Talvez desconfiados da inércia divina, usam doentes mentais, pessoas sem o uso da razão, para espalhar o terror e cumprirem algum desejo do Profeta.

Os próceres da fé habituaram-se a usar os mais devotos para a execução de infiéis e dos que divergem da ortodoxia dos clérigos. Em democracia há adversários, nas teocracias inimigos.

Em nome do respeito pelo pluralismo cultural há bandos de terroristas, com motivações religiosas, vistos como portadores de uma civilização diferente. Enquanto não forem tratados como associações de malfeitores nunca mais se fará jurisprudência que distinga o crime da fé e a civilização da barbárie.

A demência da fé está sempre associada à mais boçal ausência de escrúpulos.

Como prova a utilização de deficientes mentais.

25 de Janeiro, 2008 Hacked By ./Localc0de-07

A missa é imparável!

Uma sotaina católica continuou a rezar a missa na igreja Madonna Bianca, em Trento, na Itália, depois de perceber que um dos fiéis tinha morrido durante a cerimónia. Em declarações ao Daily Telegraph, o padre Mario Peron defendeu que: “O que é que eu poderia ter feito? A Missa Sagrada tem que ser celebrada, não podemos abrir excepção para um indivíduo.”.

Terra Notícias: Padre recusa-se a parar a missa após morte de fiel

25 de Janeiro, 2008 Ricardo Silvestre

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Vocês não vão acreditar nesta!!!

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“Um livro digital, com uma nova versão do clássico conto sobre os 3 porquinhos, foi rejeitado por juízes no Reino Unido porque “o uso de porcos como símbolos levanta questões culturais”.

Anne Curtis, a directora criativa da BECTA, a agência tecnológica governamental que foi a organização responsável pela criação do livro, disse que “a ideia que a inclusão de porcos numa história possa ser considerado racismo, é como levar uma estalada na cara”.

Este CD-Rom, que é destinado a crianças da escola primária, foi criticado por um conjunto de juízes porque estão “preocupados com questões culturais relacionados com a comunidade muçulmana”.

A história no CD-Rom foi galardoada com um prémio da Education Resources Award. No entanto esse grupo de juízes considera que os conteúdos no CD “não são recomendados para a comunidade muçulmana e que pode alienar membros que são dessa comunidade.”

Este estilo de notícias parece ser brincadeiras. A sério.

Mas quando se lê em mais detalhe, é que se percebe, na totalidade, até onde é que vai a insanidade destes pequenos casos, que sozinhos quase que não se percebem, mas quando se faz uma panorâmica geral, se tornam preocupantes.

É a capitulação da sociedade ocidental. Pura e simples. Brevemente estaremos todos a viver num califado.

24 de Janeiro, 2008 Ricardo Silvestre

“… e agora, desporto”.

A igreja Católica nos Estados Unidos não chega ao fanatismo e perigosidade dos Cristãos (Protestantes) nesse país. Mas como é mais forte que eles, os seus líderes não conseguem resistir a mostrarem a sua intolerância, e a necessidade de colocar todos do “seu rebanho” sob a linha doutrinária.

“Em St Louis, o arcebispo dessa cidade, disse à imprensa que ia pedir à direcção da Universidade de Saint Louis, para “tomar as medidas necessárias” em relação a comentários feitos pelo treinador da equipa de basquetebol masculino.

Rick Majerus, um dos treinadores mais bem sucedidos da história do basquetebol universitário (432 vitórias, 154 derrotas) fez um comentário, num comício em suporte de Hilllary Clinton, sobre os direitos de quem quer fazer uma interrupção voluntária da gravidez.

O arcebispo Raymond Burke disse que, “sendo o treinador parte de uma Universidade jesuíta, o treinador não deve ser apoiante de pontos de vista que sejam opostos ao dos ensinamentos da igreja”. Burke continuou dizendo que “ia ter uma reunião com o presidente da Universidade (ele próprio um reverendo), assim que regressasse a St Louis”.

Entretanto a Universidade já veio dizer que Majerus se encontrava no comício em representação pessoal, e não em representação da Universidade.

O arcebispo Burke é infamemente conhecido nos EU por ter dito que recusaria a comunhão a John Kerry, na altura o candidato Democrata às Presidências Americanas, por este ser católico, mas ao mesmo dar apoio a grupos que defendem o aborto.”

Ver notícia aqui.

Now, look. Para além do mais óbvio, que é, pode-se ser a favor ou não do que uma pessoa diz de sua opinião, não se pode é, mais uma vez, se querer reprimir a liberdade de expressão individual. Um dos argumentos apresentados pelo arcebispo é que “Majerus é um líder de jovens, e tem de ver qual o impacto que pode causar neles”. Mas isto é insanidade. A igreja católica (assim como qualquer outra) não pode almejar controlar os seus crentes até ao ponto de tentar controlar os seus pensamentos. Não o podemos permitir.

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