4 de Junho, 2008 Mariana de Oliveira
Associação Ateísta Portuguesa já «twitta»
Já é possível receber as últimas novidades da Associação Ateísta Portuguesa no telemóvel, através do Twitter.
Já é possível receber as últimas novidades da Associação Ateísta Portuguesa no telemóvel, através do Twitter.
A Associação Ateísta Portuguesa já tem disponível uma lista de discussão para os seus associados.
Perto de uma centena de ateus, agnósticos e cépticos criaram a primeira Associação Ateísta Portuguesa (AAP) para divulgar esta «filosofia» de vida e combater a «discriminação e os preconceitos pessoais e sociais» de que dizem ser alvo.
A criação da associação coincide com uma «generalizada ofensiva clerical a que Portugal não ficou imune, apesar de o ateísmo não se definir pela mera oposição à religião e ao dogmatismo, em nome da liberdade, da igualdade e da defesa dos direitos individuais», refere a AAP.
Em declarações hoje à agência Lusa, o presidente da comissão instaladora da AAP, Carlos Esperança, disse que os ateus estão a ser «atacados publicamente, de forma violenta», nomeadamente pela religião católica.
«Foi o Papa Bento XVI e depois o Cardeal Patriarca, D. José Policarpo, que considerou o ateísmo o maior drama da humanidade», sublinhou Carlos Esperança.
Para os ateístas, «o grande drama da humanidade é a fome, a guerra, o analfabetismo e o terrorismo», justificou. Carlos Esperança adiantou que a associação surgiu da necessidade da defesa da laicidade do Estado e de todas as correntes religiosas.
«Não podemos sofrer represálias por mudar de crença ou ser anti-crente», sustentou à Lusa.
A AAP defende «os interesses comuns a todos os que escolhem viver sem religião, defendendo o direito a essa escolha e a laicidade do Estado, e combatendo a discriminação e os preconceitos pessoais e sociais que possam desencorajar quem quiser libertar-se da religião que a sua tradição lhe impôs», conforme refere o «Manifesto Ateísta» da associação.
«O direito de não ter religião, ou de ser contra, é igual ao direito inalienável de crer, deixar de crer ou mudar de crença, sem medos, perseguições ou constrangimentos», sublinha o manifesto.
No «Manifesto Ateísta», a associação saúda ainda «todos os livres-prensadores: ateus, agnósticos e cépticos», que «dispensam qualquer deus para viverem e promoverem os valores da liberdade, do humanismo, da tolerância, da solidariedade e da paz».
«O direito de não ter religião, ou de ser contra, é igual ao direito inalienável de crer, deixar de crer ou mudar de crença, sem medos, perseguições ou constrangimentos», acrescenta.
Fonte: Sol, 03 de Junho de 2008.
Os interessados que queiram ser sócios da Associação Ateísta Portuguesa (AAP) devem enviar o nome completo, morada e endereço electrónico para
ou
A quota anual (não há jóia) é de 6 (seis) euros.
Todos os sócios que se inscreverem até à Assembleia-geral Constituinte (em que serão eleitos os corpos sociais) serão considerados sócios fundadores da AAP.
Apostila: Os nomes dos sócios outorgantes da escritura da Associação Ateísta Portuguesa são públicos mas os dos restantes sócios são confidenciais.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.