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Categoria: AAP

12 de Junho, 2008 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa vista de Fátima

Na manhã de 8 de Junho, em Fátima, o Sr. Serafim Ferreira e Silva, Bispo Emérito de Leiria-Fátima, comentou, durante a Eucaristia Dominical, a constituição da Associação Ateísta Portuguesa, tendo um gesto de humor, a que julgávamos avessos os prelados.

O bispo reformado, anterior titular da diocese onde se fabricou o milagre da D. Emília, senhora que passou a andar com dificuldade por intercessão de dois pastorinhos e morreu curada, pouco depois, declarou:

«De acordo com os órgãos de comunicação Social, a Associação Ateísta Portuguesa foi oficialmente constituída em 30 de Maio, em Lisboa, por cerca de meia centena de pessoas.

Participaram nesta Eucaristia Dominical em Fátima cerca de vinte e cinco mil peregrinos». 

Mas nós, ateus, não prometemos o Céu a ninguém nem ameaçamos com o Inferno. E não fazemos milagres para a assistência.

CE

3 de Junho, 2008 Mariana de Oliveira

Ateus, Agnósticos e cépticos criam primeira Associação Ateísta Portuguesa

Perto de uma centena de ateus, agnósticos e cépticos criaram a primeira Associação Ateísta Portuguesa (AAP) para divulgar esta «filosofia» de vida e combater a «discriminação e os preconceitos pessoais e sociais» de que dizem ser alvo.

A criação da associação coincide com uma «generalizada ofensiva clerical a que Portugal não ficou imune, apesar de o ateísmo não se definir pela mera oposição à religião e ao dogmatismo, em nome da liberdade, da igualdade e da defesa dos direitos individuais», refere a AAP.

Em declarações hoje à agência Lusa, o presidente da comissão instaladora da AAP, Carlos Esperança, disse que os ateus estão a ser «atacados publicamente, de forma violenta», nomeadamente pela religião católica.

«Foi o Papa Bento XVI e depois o Cardeal Patriarca, D. José Policarpo, que considerou o ateísmo o maior drama da humanidade», sublinhou Carlos Esperança.

Para os ateístas, «o grande drama da humanidade é a fome, a guerra, o analfabetismo e o terrorismo», justificou.  Carlos Esperança adiantou que a associação surgiu da necessidade da defesa da laicidade do Estado e de todas as correntes religiosas.

«Não podemos sofrer represálias por mudar de crença ou ser anti-crente», sustentou à Lusa.

A AAP defende «os interesses comuns a todos os que escolhem viver sem religião, defendendo o direito a essa escolha e a laicidade do Estado, e combatendo a discriminação e os preconceitos pessoais e sociais que possam desencorajar quem quiser libertar-se da religião que a sua tradição lhe impôs», conforme refere o «Manifesto Ateísta» da associação.

«O direito de não ter religião, ou de ser contra, é igual ao direito inalienável de crer, deixar de crer ou mudar de crença, sem medos, perseguições ou constrangimentos», sublinha o manifesto.

No «Manifesto Ateísta», a associação saúda ainda «todos os livres-prensadores: ateus, agnósticos e cépticos», que «dispensam qualquer deus para viverem e promoverem os valores da liberdade, do humanismo, da tolerância, da solidariedade e da paz».

«O direito de não ter religião, ou de ser contra, é igual ao direito inalienável de crer, deixar de crer ou mudar de crença, sem medos, perseguições ou constrangimentos», acrescenta.

Fonte: Sol, 03 de Junho de 2008.

1 de Junho, 2008 Carlos Esperança

ASSOCIAÇÃO ATEÍSTA PORTUGUESA

Os interessados que queiram ser sócios da Associação Ateísta Portuguesa (AAP) devem enviar o nome completo, morada e endereço electrónico para

[email protected]

ou

 [email protected]

A quota anual (não há jóia) é de 6 (seis) euros.

Todos os sócios que se inscreverem até à Assembleia-geral Constituinte (em que serão eleitos os corpos sociais) serão considerados sócios fundadores da AAP.

Apostila: Os nomes dos sócios outorgantes da escritura da Associação Ateísta Portuguesa são públicos mas os dos restantes sócios são confidenciais.