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Violência de Deus

Não é vulgar os homens odiarem com a violência de que o clero é capaz. Abre-se a TV e, perante os horrores do terrorismo, ouvem-se mullahs a dizer que Deus é grande e a clamar vingança. Crentes embrutecidos pela fé dizem que a maior alegria é terem filhos mártires e eles próprios imolarem-se na orgia de sangue que a cegueira da fé provoca.

Do outro lado, os que desejam derrubar o Muro das lamentações à cabeçada, dizem que Deus está com eles, enquanto os aliados rogam a Deus pelos soldados que enviam para os campos de batalha.

Deus é uma espécie de amuleto pouco recomendável, disposto a sacrificar inimigos dos seus amigos, um déspota parcial e violento que, a troco de orações, aumenta as mortes dos adversários e reduz as dos amigos.

Ninguém ignora os motivos económicos que motivam as guerras em curso, mas todos se dão conta da violência potenciada pela fé, da demência exacerbada pelas orações e do fanatismo induzido pelos clérigos.

As sociedades que se subjugam ao clero regridem sob o ponto de vista civilizacional e são espoliadas dos mais elementares direitos. A teocracia é a antítese da democracia e, nestas, a influência religiosa promove a intolerância, o fanatismo e a renúncia aos direitos cívicos.