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ASTROLÓGOS, HOJE

Por

C. S. F*

Os métodos científicos aplicados à avaliação da eficácia da astrologia conduzem sempre à conclusão que, na realidade, os horóscopos não prevêem o futuro.

Toda a argumentação astrológica não resiste ao actual estado do conhecimento.

O Zodíaco foi elaborado antes de descobertas decisivas da astronomia. Por isso baseia-se em premissas falsas ou sem utilidade.

Por exemplo, as previsões retiradas da observação das manchas solares não correspondem às retiradas das constelações, etc.

O grande problema é que numerosas pessoas no mundo ganham dinheiro nesta actividade, a explorar a ingenuidade de multidões.

O seu número suplanta largamente profissões úteis como a dos dentistas.

Só o número de jornalistas ocupados a produzir os horóscopos é impressionante.

Trata-se de uma actividade cómoda e fácil. Conheci um jornalista free-lancer que fazia num computador e em sua casa os horóscopos, de forma cómoda e rápida…

Não vale a pena empenhar muito esforço para mostrar a inutilidade desta actividade.

Já na antiguidade filósofos lúcidos o conseguiram demonstrar.

Aprecio especialmente o argumento simples e directo de Pitágoras: ele convidava as pessoas a compararem o horóscopo de dois gémeos. São habitualmente diferentes…

Acho que entidade internacionais culturais e científicas como a ONU e a UNESCO deveriam divulgar a verdadeira natureza e inutilidade da astrologia e os governos dos diferentes países deveriam empenhar-se em proteger as pessoas ingénuas da exploração económica de que são vítimas e promover políticas que levem à extinção desta profissão inútil e à inclusão dos astrólogos em actividades produtivas.

* Leitor do Diário Ateísta