Foram 170 os estudantes que estiveram a aprender a exorcizar demónios durante esta semana. A iniciativa foi organizada pela Universidade Europeia de Roma e teve o título de “Exorcismo e Oração de Libertação”. O objectivo do curso, que terminou hoje, foi propiciar aos seus frequentadores “instrumentos de reconhecimento da possessão demoníaca e distingui-los dos vulgares distúrbios de natureza médica ou psicológica”, disse Pedro Barrajon, o organizador. Frequentaram a iniciativa, sacerdotes, médicos, professores, psicólogos e outros interessados.

Pedro Barrajon é o organizador do curso que reconhece que “o demónio exerce uma actividade crescente nos destinos da humanidade”. E refere que o curso se organizou, principalmente, para que sacerdotes estivessem preparados para esta realidade. O sacerdote explicou que alguns fenómenos, como a epilepsia e outros distúrbios psicológicos, não podiam ser explicados apenas pela ciência, porque eles provêm de actividade demoníaca. Barrajon refere que a ciência “não conseguiu eliminar as referências claras à actividade do diabo ao longo dos evangelhos, mas agora é reconhecida pelos estudiosos”. E acrescenta: “Jesus obviamente acreditava no diabo”.

A principal actividade do diabo é a separação, explica o sacerdote. A separação de Deus e depois de tudo o resto, família, amigos, comunidade, responsabilidade. Satanás actua na vida dos seres humanos como tentação. Para o sacerdote, Satanás é o inimigo eterno de Deus, e a sua única actividade é fazer a humanidade duvidar da bondade de Deus.

Por isso, disse Barrajon, a oração tem um poder terapêutico que a ciência não fornece. Um poder de resolver os sintomas de possessão demoníaca, como falar línguas estranhas, aversão à cruz e mudanças de humor.

O organizador confirmou que os exorcistas colaboram muitas vezes com psiquiatras, psicólogos e médicos para encontrar as causas da manipulação do comportamento individual, que para a religião se chama “influência demoníaca”.

Para o Papa Francisco, os sacerdotes que libertam e expulsam os demónios, os exorcistas, “manifestam o amor da Igreja que aceita os que sofrem por causa das obras do diabo”. O diabo é o pai da mentira, diz o Papa Francisco.