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Mês: Agosto 2014

27 de Agosto, 2014 Carlos Esperança

Fascismo islâmico alastra

“Estado Islâmico” fortalece suas posições com tomada de aeroporto na Síria

Assad deixa de ser principal ameaça na Síria

Conquista da base militar é vitória estratégica e de grande valor simbólico sobre o regime de Assad, abrindo caminho para avanço sobre grandes cidades sírias. Armas e munições também caíram nas mãos dos radicais.

O Exército da Síria lutou com todas as forças sem ser bem-sucedido. Ao final, o grupo radical “Estado Islâmico” (EI) assumiu o comando do estratégico aeroporto militar de Tabqa, no leste da Síria, ampliando seu poder no país. Com a conquista, aquele que era o último bastião das tropas do presidente Bashar al-Assad na província de Raqqa caiu nas mãos dos terroristas.

27 de Agosto, 2014 Carlos Esperança

Vaticano demitiu empregado por conduta indigna

CIDADE DO VATICANO (Reuters) – Um ex-arcebispo polaco e diplomata papal que foi destituído do sacerdócio após denúncias de pagar crianças para realizar atos sexuais perdeu a imunidade diplomática e poderá ser julgado na República Dominicana, informou o Vaticano.

Em um comunicado na noite de segunda-feira, o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, também negou que o Vaticano, ao chamar Jozef Wesolowski de volta a Roma no ano passado, quando ele ainda era um diplomata em Santo Domingo, tentava encobrir o caso.

25 de Agosto, 2014 Carlos Esperança

A esquerda e a laicidade

O pensamento de esquerda, foi-se estruturando desde o Renascimento, teve o apogeu no Iluminismo e tornou-se o motor das transformações sociais, económicas e políticas que conduziram à modernidade. Não vale a pena negar as violências cometidas e crimes em que imitou o absolutismo monárquico. Nunca a ideologia nobre se conseguiu emancipar da herança que rejeitou.

Os direitos humanos devem mais à Revolução Francesa, com a violência praticada, do que a séculos de poder absoluto, de origem divina, onde o despotismo nunca foi alheio.

A esquerda que não consegue fazer a autocrítica deixa de ser ideologia e passa a crença. A esquerda, humanista e plural, tem um património recente, mas é a herdeira da melhor tradição e dos mais nobres ideais. Logrou, aliás, civilizar alguma direita e convencê-la a defender os seus princípios fundamentais, com exceção do modelo económico.

A liberdade de expressão e de reunião, a igualdade de género e a defesa do Estado de direito, são hoje um património comum à esquerda e direita nos países democráticos. Sem a persistente luta da esquerda, a separação da Igreja e do Estado e a Declaração Universal dos Direitos Humanos não teriam sido proclamadas.

A secularização foi possível com a imposição da laicidade, graças à repressão política do clero, que se julgava com mandato divino e se acolhia no regaço das ditaduras.

É por estas razões que confrange ver certa esquerda islamófila, na convicção de que os inimigos de Israel terão de ser amigos, sem um sobressalto cívico contra a sharia, sem uma manifestação de repulsa pelas teocracias, sem assumir a superioridade moral das democracias sobre as ditaduras e das sociedades permissivas sobre as que condenam as mulheres a vergonhosos interditos e a sofrimentos indizíveis.

Uma sociedade onde as pessoas, seja qual for o sexo, a raça ou a orientação sexual, não possam mudar livremente de opinião, renegar a fé e transitar para outra, não pode obter a cumplicidade de quem reclama a liberdade, a sua e a alheia.

A esquerda que é cúmplice, pelo silêncio ou atuação, da perpetuação de modelos tribais e anacrónicos códigos de conduta, impostos por uma legião de guardiões, é a aliada da pior direita, da direita que quer substituir a repressão islâmica por outra, a discriminação ancestral por formas sofisticadas de domínio económico, social e político.

22 de Agosto, 2014 Carlos Esperança

Os tortuosos caminhos da fé

Quando alguém se converte, na política ou na religião, é um herói. Se deserta, é traidor. É deste maniqueísmo que se alimenta o poder e se forjam os juízos morais.

Há quem morra por um mito e mate por uma utopia, quem se imole na apoteose da fé ou assassine na esperança de uma vida melhor de cuja existência não há o menor indício ou a mais leve suspeita.

Se um pobre, embrutecido pelo álcool e com o raciocínio embotado pela fome, mata ou rouba, é um criminoso. Se um indivíduo é impelido para a barbárie pela demência da fé e a crença na eternidade, é um mártir. É demasiado ténue a diferença entre a abnegação e a estupidez, a linha que separa o herói do pusilânime, e subtil o motivo que provoca a raiva ou o afeto.

A moral é a ciência dos costumes e não a vontade de um ser imaginário. Os homens de hoje são mais humanos do que os seus antepassados e repugna-lhes executar a vontade de um ente irreal em cuja crença foram fanatizados desde crianças. Essa evolução feita com o sangue dos livres-pensadores, com o sacrifício dos visionários e a abnegação de quem, tendo convicções profundas, respeita as alheias, não parece globalizar-se.

Permanecem escravos de constrangimentos sociais, vítimas de discriminação de género e embrutecidos por pregadores, milhões de indivíduos que se ajoelham a horas certas e rezam cinco vezes por dia, num ritual que tolda a inteligência e embota a sensibilidade.

Hoje, o medo espalha-se, e o confronto, que julgávamos impossível entre a civilização e a barbárie, vem aí. A lapidação de adúlteras e a decapitação de infiéis é inflamada pelos pregadores do ódio e homens de virtude, num regresso agressivo a práticas medievais.

A laicidade foi uma conquista obtida contra fogueiras e excomunhões, contra clérigos e catequistas, contra papas e reis, na caminhada que levou a Europa à separação da Igreja e do Estado, com os clérigos proibidos de legislar e os governos de dizerem missa.

Não permitiremos, em nome do multiculturalismo, que a arquitetura jurídica da Europa seja ameaçada com fanáticos que se vingam da civilização falhada com a violência de uma fé anacrónica.

O Estado Islâmico é o poder absoluto de origem divina que ensanguentou a Europa, é a demência de um manual terrorista recitado e praticado com a loucura tribal, é a droga que se entranhou numa civilização falhada e que seduz uma juventude sem horizontes.

Temos de ser vigilantes para não sermos vigiados e degolados. Urge combater crenças e respeitar os crentes.

22 de Agosto, 2014 Carlos Esperança

O Islão é pacífico

islamismo

O Estado Islâmico é perigoso mas o estado do islamismo é trágico

 

 

 

 

 

 

21 de Agosto, 2014 Carlos Esperança

“A MENTE DE DEUS É INCOGNOSCÍVEL”…

Por

João Pedro Moura

1- Os crédulos, na sua necedade larvar, para justificarem o injustificável, isto é, para tentarem paliar os males do mundo e a responsabilidade atribuída ao seu deus, porque podia evitar tais males e não os evita, alegam que ele não só tem mente (???!!!…) como é incognoscível!

Se temos um deus com mente, então também temos o mesmo com outras partes corporais, cujo conhecimento deixo à imaginação dos leitores…

Deve ser o famoso “Corpo de Deus”, que até originou um feriado…

Se tem “mente”, então, os crédulos terão de demonstrar os atos e ditos divinais, a partir dos quais se deduz uma mente de comando…

Quais são esses atos e ditos???!!!

Se se diz que a “mente” divina é incognoscível, então não podem afirmar deus, pois que não lhe conhecem a ”mente”, isto é, os atos e ditos que definem a mesma…

2- Os crédulos, no seu toledo intrínseco e fanatismo vesgo, de quererem, a todo o custo, justificar o injustificável, isto é, tentarem explicar, ante o mundo, os males que o eivam, afirmam que o seu deus de fancaria teria dado “livre-arbítrio” às suas criaturas, denotando que um colosso com poderes absolutos poderia criar pessoas e deixá-las fazer o que elas quisessem…

Ora, tal pretensão é ilógica, pela simples razão de que um deus, na medida do seu triplo omnipoder, sabe sempre o que é que cada pessoa fará até ao fim das suas vidas, pois assim as programou…

Pretender que deus criou pessoas e que, depois, elas são responsáveis pelos seus atos e ditos, é pretender que tal deus não só não tem poderes para saber o que vão essas pessoas fazerem, mas também lhe minguam os mesmos poderes para evitar males que tais pessoas façam…

Se deus é o criador absoluto, logicamente que é o responsável absoluto pelo produto da sua criação!

Portanto, fica demonstrado, à sociedade e à saciedade, a improcedência lógica do argumento do livre-arbítrio.

Pelo que, sobra aquilo que eu chamo de “Human Games”, denominação precoce, já na mira de eventual registo internacional de patente, que é a do deus ter criado pessoas para… brincar, jogar aos humanos, à laia dum “software” computacional e colossal qualquer, pelo qual o “senhor” dos néscios e crédulos se entreteria a manipular “robocops” e outros “robôs angelicais”, de forma humana …

Mas isto faz algum sentido???!!! Também nenhum…

… Porque, por definição, deus é imutável e não precisa de nada…

3- Alegam ainda, os divinais sandeus, que o seu mentor estratosférico, ao provocar maleitas e outros infaustos acontecimentos, serviria para a “finalidade dum bem superior”, bem esse que tais ineptos declaram “incognoscível”, para tentarem sonegar o esclarecimento devido e indeclinável do divino fautor, inerente a um natural e religioso conceito de bondade, sem a qual redundaria em conceção fictícia, fútil e inútil…

Ora, dizer que deus é bom e faria maldades e desastres, castigadores, para alcançar um “bem superior”, afirmação perfeitamente estouvada e gratuita, é simétrica de dizer que “deus é mau e faz bondades e venturas, felicitadoras, para alcançar a finalidade dum mal superior”, afirmação também sem nexo, mas da mesma lógica da anterior…

Se deus é bom, então fará coisas em conformidade e não por etapas fantasmagóricas e ilógicas, denotativas de poderes dúbios…

4-…E um ser imutável não pode criar, porque criar implica um estado anterior, negativo dessa necessidade, e um estado posterior, afirmativo dessa necessidade e sua concretização. Ora, um ser absoluto não tem necessidades, nem estados anteriores ou posteriores de nada…

Isto é, os crédulos, ao conceberem tamanha farsa divina, nem se dão conta do mistifório argumentativo em que imergem, inextricavelmente…

5- Que piadético, que grotesco, afirmar que a matéria deriva da obra criativa duma entidade essencialmente imaterial, sem forma, sem densidade, sem cor, sem cheiro, sem peso, sem comprimento, altura ou largura, quando a matéria se traduz por inúmeros parâmetros físicos!!!…

Como justificar que aquilo, essencialmente imaterial, criou isto, essencialmente material???!!!

O “corpo de deus”, em todo o seu esplendor!…

6- Se nós não sabemos como apareceu a matéria primordial, e nunca poderemos saber, mais vale estarmos calados e não especularmos sobre deuses ridículos, fúteis e inúteis…

Se nós não sabemos como se formaram as primeiras cadeias de aminoácidos e, sobretudo, as formas primevas de vida, ficamos curiosos e estudiosos sobre a matéria primordial e evolução natural e não divagamos sobre pretensos e excelsos colossos, que nada explicam…

7- Mas o que pensam e divulgam, em geral, os crédulos religionários sobre a origem do universo e da vida?!

Já não põem em causa a plausibilidade da teoria do Big Bang, mas, em vez de se ficarem pela incognoscibilidade científica do suposto tempo anterior ao BB, não, têm o desplante de afirmarem que foi o seu deus tolinho que criou a matéria original, sem o provarem…

Mais e pior: em vez de aceitarem a origem da vida como decorrente da complexidade do “caldo de cultura” primordial, há uns 3,5 biliões de anos, em que uma evolução de centenas de milhões de anos e biliões de biliões de conjugações materiais, nesse “caldo de cultura” original, provocou a ocorrência, em hipótese, obviamente, remotíssima e dificílima de surgir, duma cadeia de aminoácidos autorreplicativa, cuja complexidade evolucionista culminou no primeiro conjunto de bactérias, em vez de aceitarem, dizia eu, a plausibilidade lógica e material de tal evolução, não, reiteram que foi o seu deus maluquinho a criar a vida, toda…

Isto é: os crédulos, que pregam a incognoscibilidade do seu deus, para se safarem das situações mais prementes, passam, numa penada, à cognoscibilidade desconcertante da coisa divina, atribuindo-lhe, sem rebuço, a origem de tudo…

Um deus imutável, que, quiçá, sacudindo a pasmaceira torporosa que o entanguia, disse um dia: “fiat lux”…

Um deus, isto é, algo essencialmente imaterial a criar tudo essencialmente material…

…Mas que os crédulos, na sua estupidez infinita, acham mais plausível que seja uma entidade imaterial a criar o material e não a decorrência sucessiva de materiais…

…Algo que nenhum programa científico, nenhum grupo de investigação, nenhuma universidade admitem…

 

Assim, para que prestar culto a semelhante divindade???!!!