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Molécula e bactéria

Diz-me a experiência pessoal que há bactérias que não são recomendáveis. Talvez baseadas na sua antiga linhagem, por serem dos mais remotos seres vivos, algumas tornam-se agressivas e agarram-se a um cidadão como gato a bofes.

Uma das mais sinistras é a pseudomona multirresistente que gosta de se domiciliar nos hospitais e é capaz de interromper o ciclo biológico do paciente internado. E não há forma de a exterminar. É ela que extermina os que selecciona entre os mais debilitados.

Segundo os crentes todos os seres vivos são obra de deus mas, se este os ouve, é altura de lhe pedirem para estar quieto.

Se bem me recordo, uma molécula é uma entidade electricamente neutra que possui pelo menos dois átomos. E não sei quantos possui a maldita pseudomona. De resto, dos próprios átomos, só me recordo da saborosa definição de um sargento que em 1960 dava aulas na escola de enfermagem militar onde se encartavam como enfermeiros os futuros furriéis que na guerra colonial demoravam a acertar com as agulhas nas veias dos soldados.

Aqui fica a lapidar definição de «molécula» pelo erudito sargento: «Suponhemos que agarremos um aniceto  e que o esmigalhemos entre os dedos. O mais pequeno rasquício de matéria viva com que tópemos é uma molécula».